Nuno Catarino, vice-presidente do Conselho de Administração da Benfica SAD, apontou o dedo à arbitragem da final da Taça de Portugal, onde o Sporting venceu o Benfica. “Falhou a equipa de arbitragem e falhou o VAR”
, disse Catarino ao comentar a decisão que levou o clube a adotar uma postura firme em relação à Seleção Nacional. Em um cenário de descontentamento, ele afirmou: “Achamos que merecemos mais respeito. Neste momento, neste contexto, mostramos indisponibilidade para receber a Seleção. Temos coragem, não sei se outros têm”
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A recente declaração do Benfica deixou claro que o clube não irá acolher jogos da Seleção Nacional no Estádio da Luz enquanto a “verdade desportiva não prevalecer nas competições nacionais”
. Isso coloca o clube em um terreno delicado, conforme exposto no artigo 72º do Regulamento Disciplinar da FPF, que impõe sanções a clubes que se recusem injustificadamente a ceder os seus recintos. O artigo estipula que “o clube que se recuse injustificadamente a ceder à FPF recinto desportivo, no qual compita na qualidade de visitado, para nele se realizarem jogos das seleções nacionais ou jogos marcados pela FPF enquanto recinto desportivo neutro, é sancionado com interdição de 1 a 3 meses de jogar no seu recinto desportivo e cumulativamente com multa entre 10 e 20 UC”
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Decisões da Seleção Nacional
No contexto atual, a Seleção Nacional só voltará a jogar em casa no dia 11 de outubro. O primeiro jogo será contra a República da Irlanda, seguido de outra partida em casa, três dias depois, contra a Hungria. As sanções que o Benfica enfrenta são severas, visto que uma recusa em acolher os jogos da Seleção pode resultar em uma interdição de um a três meses do Estádio da Luz.
Enquanto isso, a Comissão de Disciplina da FPF observa de perto a situação, e a decisão final sobre eventuais punições caberá aos órgãos competentes. O clube deve estar preparado para a possibilidade de ações disciplinares, que podem vir a ser a resposta da FPF a esta recusa.
Tensão entre Benfica e FPF
O contexto em que o Benfica tomou essa postura pode impactar não apenas a sua participação em futuros jogos da Liga, mas também a colaboração institucional com a FPF. Se a recusa permanecer, é quase certo que ações disciplinares serão tomadas, refletindo o clima de tensão entre o clube e a federação que rege o futebol em Portugal.
A luta pela verdade desportiva
parece ter implicações profundas não apenas para o clube, mas também para o organismo que regula o futebol no país. A interdição do Estádio da Luz pode afetar diretamente as operações do Benfica, enquanto o clube tenta afirmar as suas demandas em um ambiente onde a arbitragem tem sido objeto de críticas contínuas.
Impacto nas operações do Benfica
O descontentamento com a arbitragem e a postura firme do Benfica levantam questões sobre o futuro do clube em competições nacionais. A relação com a FPF, já tensa, pode deteriorar-se ainda mais à medida que a situação avança.
Com a indiferença demonstrada em relação à Seleção Nacional, o Benfica assume um risco elevado, um que poderia prejudicar não só a sua imagem mas também a sua posição nas competições. O futuro próximo será crucial para o clube, que terá que equilibrar suas reivindicações com as exigências regulatórias da FPF.