Benfica avança na Taça com goleada sobre o Tirsense

  1. Benfica venceu o Tirsense por 4-0
  2. Emanuel Simões destaca bolas paradas
  3. Tirsense teve apoio forte dos adeptos
  4. Futuro incerto para Simões no Tirsense

A Taça de Portugal trouxe uma vitória convincente para o Benfica, que superou o Tirsense por 4-0 na segunda mão da meia-final, no Estádio da Luz. Emanuel Simões, treinador do Tirsense, analisou a partida, destacando a importância das bolas paradas para o resultado final.

Simões afirmou: “Acho que este jogo tem duas partes completamente distintas. Na primeira parte conseguimos em muitos momentos ter bola, não deixámos o Benfica jogar e acabámos por sofrer num lance de bola parada. Não é a mesma coisa voltar do intervalo a perder. Mais uma vez uma diferença muito grande entre as duas equipas, mas foram as bolas paradas que fizeram a grande diferença. Foi a dimensão física, claro, e as bolas paradas. Não viemos aqui meter o autocarro à frente da baliza e defender, tivemos uma atitude, procurámos valorizar o jogo, tendo em conta a diferença evidente entre as duas equipas.”

Análise do Treinador

O treinador não deixou de comentar a dificuldade imposta pelas eliminatórias a duas mãos, algo que, segundo ele, favorece os clubes grandes. “Acho que uma eliminatória a duas mãos inviabiliza ou reduz as possibilidades de uma equipa mais pequena. Acho que devia ser só uma mão. Quando acontece um jogo destes, tão desnivelado, devia ser só uma mão e devia ser em casa do clube mais pequeno também por uma questão financeira. Sei que não é fácil. Isto, assim, está feito para os clubes grandes. Este formato reduz as possibilidades dos mais pequenos. A outra meia-final com o Rio Ave teve o mesmo desfecho.”

Simões acrescentou: “É uma situação para ser tratada no futuro. Mesmo para os clubes grandes, com o elevado número de jogos que têm nesta fase, também não interessa terem dois jogos.”

Apoio dos Adeptos

Apesar da desvantagem, Simões elogiou o apoio dos adeptos do Tirsense, afirmando: “Foi um prémio para todos nós, para os adeptos, jogadores, treinador, para toda a estrutura. O Tirsense é um histórico do futebol português e acho que faz falta aos campeonatos profissionais. Terminar aqui, com muitos adeptos, acho que é um prémio acima de tudo para eles.”

O treinador lamentou: “Foi pena não termos conseguido dar mais um prémio que seria fazer golos no Estádio da Luz. O Tirsense tem uma massa adepta fantástica. Há uns meses estava no distrital e conseguia meter nove mil adeptos nos jogos.”

Oportunidades do Tirsense

Embora o Tirsense tenha tido as suas oportunidades, faltou a concretização. Simões comentou: “Um dos nossos objetivos para o jogo era marcar um golo, se possível, antes do Benfica marcar. Tivemos ali uma possibilidade e acho que essa seria a grande vitória para o jogo de hoje.”

“Depois sabíamos que o jogo ia partir-se mais e o Benfica ia ganhar o jogo, mas era um dos objetivos que tínhamos,” concluiu o técnico.

Futuro de Emanuel Simões

Sobre seu futuro à frente do Tirsense, Emanuel Simões admitiu incertezas, dizendo: “Sinceramente não sei. A minha carreira teve altos e baixos em tempos de paragem. Estive parado durante dois anos e perdi o gosto pelo futebol, por várias condicionantes.”

O treinador continuou: “Acho que em Portugal não se valoriza o futebol, que vem de baixo. Este ano o Tirsense voltou a dar-me o gosto de treinar e não foi na Taça de Portugal. A Taça foi um prémio. Não sei o que vai acontecer. Tive um grande prazer em treinar o Tirsense, mas vamos ver.”