Sindicato defende saúde e bem-estar dos atletas
O Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) manifestou hoje apoio à queixa das Ligas Europeias e da federação FIFPro contra a FIFA na Comissão Europeia. O organismo rejeitou o alargamento das competições «à custa da saúde e bem-estar» dos jogadores.
Na sequência do comunicado das Ligas Europeias, organismo presidido pelo português Pedro Proença, e da Federação Internacional das Associações de futebolistas (FIFPro), o presidente do SJPF vincou que os alargamentos competitivos colocam em risco os períodos de repouso dos atletas.
Apoio à posição da FIFPro e Ligas Europeias
«Apoiamos a posição da FIFPro e das Ligas Europeias na defesa da saúde e do bem--estar dos jogadores. O Mundial de clubes da FIFA foi a 'gota de água' num 'copo que já estava a transbordar'», afirmou Joaquim Evangelista, em declarações à Lusa.
O dirigente frisa que a ação é consequência da falta de «capacidade de diálogo» entre clubes, ligas, federações, confederações e FIFA rumo a um modelo que previna o desenvolvimento do futebol à custa dos jogadores.
Alargamento das competições inaceitável
«Desenvolver o futebol à custa da sobrecarga humana é inaceitável. (...) O alargamento dos quadros competitivos e o desenvolvimento do futebol não podem ser feitos à custa da saúde e do bem-estar dos jogadores», reitera Evangelista.
O líder do SJPF considera que a FIFA não é o único organismo que se «está a portar mal» e defendeu que a ação deveria visar também a UEFA e demais federações que «alargaram formatos competitivos sem dialogarem, nem medirem as consequências para a saúde dos atletas».
Pedido de «reflexão global»
Atento à realidade da «sobrecarga competitiva», Evangelista pede «uma reflexão global» com vista a um equilíbrio entre saúde e rentabilidade.
«A FIFPro fez um levantamento da carga de trabalho dos jogadores de elite, que continuam a ser muito afetados pelos quadros competitivos. No fundo, é tentar adotar no futebol formatos que já são adotados nas outras modalidades, para que haja um equilíbrio entre os fatores de rentabilidade das competições e a saúde e o bem--estar», defendeu.