Auditoria da EY conclui que Benfica não foi lesado em transferências, mas sugere melhorias

  1. Auditoria da EY não encontra situações em que o Benfica tenha sido diretamente lesado
  2. Benfica SAD teve saldo positivo de 97 milhões de euros nas transferências analisadas
  3. Relatório aponta oportunidades de melhoria, como comissões a agentes acima das diretrizes da FIFA
  4. Dificuldade em identificar estrutura acionista e beneficiários finais de algumas entidades que negociaram com o Benfica

Após uma auditoria a 611 contratos relativos a transferências de jogadores e operações de intermediação entre 2007 e 2023, a consultora EY concluiu que o Benfica não foi lesado, mas deixou sugestões para melhorar alguns procedimentos.

"Em jeito de conclusão geral desta auditoria forense (...) e, não obstante as deficiências identificadas e explicadas ao longo deste relatório, não identificámos nenhuma situação ou particularidade em que a SAD tenha sido diretamente lesada por qualquer um dos seus representantes", pode ler-se no relatório de mais de 200 páginas.

Análise de 51 jogadores contratados

A auditoria, realizada entre setembro de 2021 e outubro de 2023, analisou 51 jogadores contratados pelo Benfica nas últimas 16 épocas desportivas. Alguns deles, como Derlis Gonzalez, César Martins ou Marçal, constam em processos judiciais, enquanto outros, como Marcelo Hermes, Daniel dos Anjos ou Luís Filipe, ficaram de fora desta lista, apesar de estarem envolvidos em investigações.

Feitas as contas, a Benfica SAD acaba com um saldo positivo de 97 milhões de euros na transação de jogadores, no período e transferências analisadas, conclui a EY.

Oportunidades de melhoria identificadas

Apesar de não ter encontrado situações em que o clube tenha sido diretamente lesado, a auditoria identificou "um conjunto de oportunidades de melhoria de procedimentos e/ou de controlos internos". Entre elas, destacam-se as comissões pagas a agentes de intermediação, que em 71% dos casos foram superiores a 3% da remuneração bruta e em 44% foram superiores a 10%, valores que excedem as guidelines da FIFA, embora a consultora não considere que isso "indique, necessariamente, uma prática inadequada".

Outro ponto assinalado pela EY foi a dificuldade em identificar a estrutura acionista completa e os últimos beneficiários de algumas entidades que negociaram jogadores com o Benfica. Em 10 situações, os negócios foram efetuados com entidades sediadas em paraísos fiscais e, em igual número, o intermediário apresentava um conflito de interesses com o próprio jogador.

Comunicação das conclusões

A auditoria forense foi pedida pela Administração da SAD benfiquista, presidida por Rui Costa, na sequência das investigações do Ministério Público, que incidem no processo de contratação de vários futebolistas durante a presidência de Luís Filipe Vieira. Uma cópia do relatório foi enviada às autoridades judiciais.

"As poucas situações de inconformidade contratual, contabilística, neste horizonte temporal, não são materialmente relevantes", conclui a EY no seu relatório.

A divulgação da auditoria acontece na véspera de uma assembleia-geral de sócios com uma forte afluência prevista e forte contestação à liderança encarnada, que culminou com a demissão de Luís Mendes, vice-presidente do Benfica, que terá entrado em colisão com elementos da direção que transitaram da época de Luís Filipe Vieira.

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