A dança de treinadores no futebol português

  1. Os ciclos de mudança de treinadores no futebol são globais e inevitáveis
  2. As mudanças de treinadores nos grandes clubes europeus como Liverpool, Barcelona, Milan e Bayern são comuns
  3. O Sporting é visto como o clube português gerido com mais cabeça, mantendo o treinador Rúben Amorim
  4. O Benfica vive uma relação tóxica entre adeptos e treinador, com falta de comunicação do presidente Rui Costa
  5. A saída de Sérgio Conceição do FC Porto é vista como inevitável e justificável

Ciclos de mudança


A dança de treinadores é global. Há anos assim. Ciclos que terminam, alguns longos, e ciclos que se iniciam. No futebol, a mudança é uma prova de vida. Muito tempo a olhar para as mesmas caras, os mesmos vícios e as mesmas virtudes, cansa. É como ir ao cinema e ver o mesmo filme. O realizador pode ser bom, o argumento criativo, os intérpretes divinos, mas, a dada altura, a previsibilidade própria da repetição esmorece a intensidade do prazer do entretenimento.


Por razões semelhantes, os próprios protagonistas escolhem a mudança como um garante de renovação de adrenalina e de uma irrecusável tentação pela aventura. Outras paragens, às vezes, outras gentes e culturas, outro desafio de vida. Todos ouvimos, agora, falar em mudanças de treinadores nos maiores clubes europeus. No Liverpool ou no Barcelona, no Milan ou no Bayern. Quando os ventos de mudança fustigam os gigantes, é certo e sabido que se rasgam todas as janelas e a ventania varre tudo e todos. É o futebol e toda a indústria que ele sustenta a revitalizar-se no mercado liberal da oferta e da procura.

Mudanças em Portugal


Admito que por razões distintas esses ventos de mudança também soprem no futebol português. Há muitos clubes a escolher novos treinadores, nem sempre com rigor e com ponderação. Mas a época nacional está na sua última gota de esforço e suor e, por isso, pensa-se na próxima. Quando assim é, olha-se, primeiro, para os nossos grandes.

O caso do Sporting


Do Sporting, que parece, atualmente, o clube gerido com mais cabeça, já se sabe que não foi em vão o esforço de Varandas para manter Rúben Amorim, líder de um projeto que avança e que está a ter um indiscutível sucesso.

O caso do Benfica


Do Benfica, conhece-se o quadro de instabilidade assente numa relação tóxica entre adeptos e treinador. Seria, por princípio, o clube que mais razões encontraria para mudar. Porém, todo o universo do futebol profissional do Benfica vive tempos de insegurança e de hesitação, o que, aliás, explica uma confrangedora ausência de qualquer política de comunicação. Schmidt fala frequentemente e fala sozinho. Não se sabe se tem apoio do presidente Rui Costa quando diz o que diz e não se sabe, sequer, o que Rui Costa pensa sobre o treinador e sobre muitas outras coisas. A regra do silêncio imposta a si próprio transformou Rui Costa num presidente mais acossado, porque não se sabe se não fala por uma questão de filosofia de gestão pública do clube, ou se não fala porque entende que tudo o que possa dizer pode aumentar o ruído junto dos adeptos. Seja por que razão for, quando um presidente de um clube grande gere a sua comunicação pelo silêncio incorre no perigo suscitado pelas civilizações modernas, onde o silêncio é sinónimo de inexistir. Maior o perigo quando esse silêncio fez ecoar mais alto as deselegantes considerações do treinador alemão, que trata os adeptos e o país com laivos de desrespeito. Rui Costa chuta o problema para canto e já se percebeu que, por sua vontade, Schmidt irá ficar. Porém, e se for por convicção, gabo-lhe a coragem.

O caso do FC Porto


Por fim, o episódio do termo anunciado do ciclo de Sérgio Conceição, no FC Porto. Uma mudança inevitável e justificável. Sérgio incorporava muito mais do que um projeto profissional de um treinador de futebol. Ele era o pilar mais sólido e talvez o único consensual na controversa gestão de Pinto da Costa. Pelo seu presidente procurou dar tudo o que podia e sabia e, sem se aperceber, acabou por se confundir com um projeto assente na soma restrita de lideranças únicas. Não faria sentido continuar com Villas-Boas, passando a ser apenas treinador do FC Porto. Mas, ao contrário do presidente, sairá pela porta principal.

Gil Vicente e Casa Pia empatam em Barcelos

  1. Gil Vicente e Casa Pia empataram 1-1 em Barcelos
  2. Fujimoto marcou o golo do Gil Vicente
  3. Cassiano converteu grande penalidade para o empate do Casa Pia
  4. Bruno Pinheiro manteve o onze do Casa Pia, com destaque para Cauê dos Santos e Jesús Castillo

Sporting vence Aves por 3-0 com boa exibição da dupla de avançados

  1. O Sporting venceu o Aves SAD por 3-0, este domingo, em jogo da 6ª jornada da Liga Portugal
  2. Rúben Amorim destacou a boa prestação da dupla de avançados Conrad Harder e Viktor Gyökeres
  3. Conrad Harder marcou um golo e fez uma assistência
  4. Rúben Amorim admitiu que a equipa «deveria ter feito mais golos»

Lawrence Ofori pode ser a grande surpresa do Moreirense no jogo com o Estrela da Amadora

  1. Ofori sofreu uma rotura no gémeo da perna direita dias após o empate (1-1) dos cónegos diante do Benfica
  2. O regresso aos relvados de Ofori estava previsto apenas para o jogo com o Santa Clara, a 5 de outubro
  3. Ofori desfalcou o Moreirense na derrota (1-3) frente ao Casa Pia
  4. César Peixoto afirmou que existe a expectativa de Ofori estar disponível para o jogo com o Estrela da Amadora

Bruno Lage: "O nosso 'chip' é só um: conquistar os três pontos" no Boavista

  1. O Benfica visita o Boavista na segunda-feira, em encontro da sexta jornada da I Liga portuguesa de futebol
  2. Os encarnados somam 10 pontos em cinco partidas já disputadas no campeonato
  3. O Boavista, orientado por Cristiano Bacci, soma apenas cinco pontos nos mesmos cinco encontros já disputados na competição
  4. Bruno Lage procura a terceira vitória consecutiva sob o seu comando