Há 33 anos, desde a era de Eriksson, que os treinadores vencedores no Benfica têm enfrentado dificuldades para manter a ligação com o clube. Roger Schmidt parece ser o mais recente a entrar numa espiral de problemas, ameaçando seguir o mesmo destino dos seus antecessores. Esta tendência de terminar mal o trajeto após um início promissor é conhecida como a 'maldição dos treinadores campeões' no Benfica.
Sven-Goran Eriksson foi o último treinador a sair do clube de forma pacífica, em 1991, após três temporadas bem-sucedidas. Desde então, os técnicos vencedores têm enfrentado desfechos semelhantes, seja por iniciativa própria ou por vontade do clube, resultando em relações tensas e saídas conturbadas.
Um Padrão de Tensão
Toni foi o primeiro a sucumbir à maldição, sendo afastado após conquistar o título em 1993/1994. Giovanni Trapattoni, após vencer o campeonato com apenas 65 pontos, também decidiu não continuar, gerando especulações sobre os motivos reais da sua saída. Jorge Jesus, após seis épocas de sucesso, surpreendeu ao aceitar o convite do rival Sporting, iniciando um ciclo de mudanças de treinadores no Benfica.
O mesmo destino foi reservado a Rui Vitória, que viu a sua ligação ao clube terminar abruptamente após conquistar dois campeonatos. Bruno Lage, que sucedeu a Vitória, conseguiu inverter uma desvantagem de sete pontos para o FC Porto e conquistar o 37.� título, mas também viu o seu período de graça ser curto, renunciando ao cargo após uma derrota.
Críticas e Controvérsias
Roger Schmidt, o atual treinador campeão em título, enfrenta agora a pressão de manter o seu lugar no Benfica. Após críticas e confrontos com jogadores, a relação entre Schmidt e os adeptos parece cada vez mais tensa. As dificuldades da equipa em competições como a Champions League e as eliminações em outras competições nacionais contribuem para um ambiente conturbado.
No jogo contra o Farense, a contestação dos adeptos atingiu o seu auge, levando Schmidt a reagir de forma enérgica: Se o problema sou eu, fácil, eu saio. Com a temporada a caminhar para um desfecho desfavorável, a continuidade de Schmidt no Benfica está em dúvida, com a 'máquina trituradora da Luz' pronta para entrar em ação mais uma vez.
Uma Maldição Persistente
A história dos treinadores campeões no Benfica é marcada por sucessos iniciais seguidos de desfechos conturbados. A maldição parece persistir ao longo dos anos, deixando um rastro de relações tensas e saídas abruptas. Resta saber se Roger Schmidt conseguirá quebrar esse ciclo ou se se tornará mais uma vítima da 'máquina trituradora da Luz'.