O Tribunal da Relação de Lisboa decidiu agravar a condenação de Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, no caso da divulgação dos e-mails do Benfica. Após esta decisão, Francisco J. Marques admitiu que vai recorrer ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Em declarações à Lusa, afirmou: "Este meu caso vai acabar no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, disso não tenho dúvidas".
Os advogados do Benfica, que se constituiu assistente no processo, consideram que esta decisão reafirma que "não vale tudo e não pode valer tudo". Em comunicado enviado à Lusa, afirmaram: "A improcedência do recurso dos arguidos e a procedência do nosso, com o consequente agravamento da condenação dos arguidos, reforça a satisfação que a sentença da primeira instância já nos dera, reafirmando-se agora que não vale e não pode valer tudo".
O diretor de comunicação do FC Porto ainda não leu o acórdão da Relação de Lisboa, mas elogiou a rapidez da justiça portuguesa no caso: "Há que elogiar a justiça portuguesa pela rapidez. Pena que a justiça não tenha a mesma velocidade a investigar as trafulhices do Benfica, já vai em quase sete anos e ainda não saiu sequer a acusação".
Além de Francisco J. Marques, o Tribunal da Relação de Lisboa também agravou a pena de Diogo Faria, diretor de conteúdos do Porto Canal. O crime de ofensa de pessoa coletiva agravada em relação ao Benfica foi valorizado pelas juízas desembargadoras, resultando numa pena de um ano e cinco meses de prisão, suspensa na execução.
O caso da divulgação dos e-mails remonta a 2017 e 2018, quando comunicações entre elementos ligados ao Benfica e terceiros foram reveladas no programa 'Universo Porto – da bancada', do Porto Canal.