Nesta quinta-feira, o Tribunal da Relação de Lisboa anunciou que a pena de Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, foi agravada para dois anos e seis meses de prisão, com pena suspensa, no caso da divulgação dos emails do Benfica. A decisão segue-se ao recurso interposto pelo Benfica, que defendeu que Francisco J. Marques deveria ser condenado por todos os crimes de que estava acusado.
O acórdão do tribunal refere que 'Os arguidos Francisco Marques e Diogo Faria sabiam que não tinham fundamentos sérios para reputar como verdadeiros tais factos, que sabiam serem inverídicos e atentatórios do bom nome das assistentes, mas, ainda assim, quiseram-nos proferir publicamente através da publicação do livro [O Polvo Encarnado].' Diogo Faria, diretor de conteúdos do Porto Canal, também viu a sua pena agravada, ficando com um ano e cinco meses de prisão, suspensa na execução por igual período de tempo.
A equipa de advogados do Benfica reagiu com satisfação ao agravamento das penas de Francisco J. Marques e Diogo Faria. Rui Patrício, um dos advogados do Benfica, afirmou que 'a improcedência do recurso dos arguidos e a procedência do nosso, com o consequente agravamento da condenação dos arguidos, reforça a satisfação que a sentença da primeira instância já nos dera, reafirmando-se agora que não vale e não pode valer tudo.'
O caso da divulgação dos emails remonta a 2017 e 2018, quando comunicações entre elementos ligados ao Benfica e terceiros foram reveladas no programa 'Universo Porto -- da bancada', do Porto Canal.