A estratégia do Benfica de comprar talento jovem e extrair rendimento desportivo não é nada de novo. No entanto, nos últimos tempos, temos assistido a um aumento nos valores pagos pelo clube da Luz. Enquanto antes talentos eram garantidos por menos de 10 milhões de euros, agora a regra é gastar cerca de 20 milhões. Esta mudança é reflexo dos tempos atuais, onde tudo o que se vende, incluindo futebolistas, tem um preço mais alto. Além disso, mostra a capacidade financeira da SAD encarnada, que tem conseguido tocar mais vezes na mesma nota.
Enquanto o Benfica se mantém como um dos principais intermediários no mercado de jovens talentos, a oferta supera a procura. No entanto, a capacidade financeira do clube permite-lhe continuar a atrair algumas das maiores promessas do futebol mundial.
Entre a reputação e a capitalização, o Benfica tem conseguido recrutar jovens talentos como Andreas Schjelderup, Marcos Leonardo e Gianluca Prestianni. Estes jogadores têm tempo para crescer e desenvolver-se, pois o Benfica joga na antecipação.
No entanto, é importante que o Benfica não se esqueça de equilibrar a sua estratégia. O clube também deve continuar a apostar nos talentos internos, como António Silva e João Neves. O Benfica deve ser produtor e intermediário ao mesmo tempo, garantindo que só procura fora aquilo que não consegue produzir internamente.
No que diz respeito aos talentos do Seixal, a estrutura encarnada parece não estar a negligenciar nenhum jogador. No entanto, é necessário esperar para ver se esta abordagem é extensível aos rivais ou se é uma vantagem perdida nos últimos anos.
Para garantir um equilíbrio, o Benfica também precisa de contar com jogadores mais experientes. Embora a aposta na juventude seja importante, é essencial ter pilares sólidos para liderar a equipa. O desafio agora é mostrar flexibilidade para garantir jogadores mais consolidados.