Armando Evangelista, treinador do Famalicão, está a ser elogiado pela imprensa italiana após uma entrevista concedida à "Gazzetta dello Sport". O jornal italiano apelida-o de "treinador milagroso", destacando o impressionante trabalho que o técnico português tem realizado nos últimos anos.
Evangelista chegou ao Famalicão em 2020 e desde então tem vindo a transformar o clube, que o próprio considera estar «em constante crescimento em todos os aspectos». Na entrevista, o treinador de 50 anos afirma que «nenhuma outra equipa cresceu tanto nos últimos cinco anos como o Famalicão» e que aceitou o desafio de imediato quando o presidente Miguel Ribeiro lhe apresentou o projeto.
Um percurso marcado pelo sucesso
«Estamos a falar de um clube que está em constante crescimento em todos os pontos de vista. Quando o presidente me falou deste projeto, aceitei imediatamente. Nenhuma equipa cresceu tanto nos últimos cinco anos como o Famalicão. Temos as mesmas ambições», revelou Evangelista.
Apesar de não se rever na definição de "treinador milagroso", o técnico não esconde o orgulho que sente pelo trabalho que tem vindo a realizar, nomeadamente durante a sua passagem pelo Arouca. «A minha única convicção é o trabalho, mas o que fizemos com o Arouca foi extraordinário. No primeiro ano ninguém acreditou na subida [à 1.ª Liga], mas atingimos o recorde de vitórias consecutivas. Na temporada seguinte, conseguimos a salvação. Na terceira, conseguimos ir à Europa. Foi a melhor temporada da história do clube, é um grande orgulho», afirmou.
Ambições para o futuro
Evangelista revelou ainda que um dia gostaria de treinar na Serie A italiana, um campeonato que considera oferecer «tudo» e que lhe faria «muito bem». No entanto, por agora, o técnico está «focado no Famalicão».
O treinador português elogiou também alguns dos nomes maiores do futebol italiano, como Nereo Rocco, Arrigo Sacchi, Marcello Lippi e Carlo Ancelotti, revelando que já tentou «roubar-lhes os segredos várias vezes».
A fórmula do sucesso
Apesar das diferenças orçamentais para os três grandes do futebol português, Evangelista acredita que o Famalicão pode competir com os melhores, apostando no «coletivo» e no «treino». «O primeiro passo é estarmos conscientes disso. Não podemos competir com esse tipo de mercado e com os jogadores que fazem a diferença. As nossas estrelas são o coletivo e o treino. Quando escolhemos um jogador, temos de ir além. Observamos, estudamos, entendemos e analisamos. E aí atacamos», explicou.