Num jogo onde a vitória sorriu ao Sporting, a exibição da equipa não convenceu o treinador Rúben Amorim. Apesar do triunfo por 1-0 contra o Estoril, o técnico não escondeu a sua insatisfação, alertando para a falta de intensidade e atitude competitiva demonstrada em campo. Amorim sublinhou que a equipa tem de apresentar sempre o seu máximo, um aviso claro para o futuro.

O golo solitário de garantiu os três pontos para o Sporting, colocando-o lado a lado com na lista dos melhores marcadores da Liga, ambos com cinco golos cada. No entanto, a análise pós-jogo de Rúben Amorim focou-se mais naspetos menos positivos da performance da equipa.

Análise aos Primeiros Minutos e Quebra de Rendimento

Rúben Amorim começou por analisar o início da partida: “Os primeiros 25 ou 30 minutos foram bons da nossa parte, tivemos paciência e variámos o jogo”. Contudo, não tardou em apontar o dedo à quebra de rendimento da equipa: “A partir dos 25 ou 30 minutos entrámos no exagero e houve algum facilitismo. Deixámos o Estoril entrar em contra-ataque, ainda que seja certo que têm apenas um lance de perigo em 90 minutos.”

O treinador reconheceu que a equipa não conseguiu manter o nível de intensidade durante todo o jogo: “Ao intervalo chamámos à atenção para isso e na segunda parte andámos muito apáticos. Faltou-nos intensidade, não estivemos proativos e deixámos adormecer o jogo.”

Falta de Intensidade e Atitude Competitiva

Amorim não poupou nas críticas à atitude demonstrada em campo: “Não fomos capazes de criar situações de finalização, notava-se a falta de alguma energia da nossa parte. Foi o jogo que menos gostei da nossa equipa, o que me deixou desagradado até hoje. Fomos incapazes, pedi atitude competitiva e tínhamos de a ter para sair daqui com a vitória.”

O técnico deixou claro que todos os jogadores têm de estar preparados para dar o máximo quando forem chamados: “Todos têm de estar disponíveis para jogar. Se faltar energia vão jogar outros, isso é muito claro. Estou pouco preocupado porque tenho confiança em todos. Se tiver de mudar nove ou dez jogadores vou fazê-lo. Temos de estar sempre no nosso máximo e eles têm de estar cientes disso.”

Destaque Individual e Importância dos Suplentes

Apesar das críticas ao coletivo, Amorim elogiou a exibição de um jogador em particular: “Para mim foi o melhor jogador do Sporting. É competitivo, tem uma energia muito própria e contagiante, não só para fora, mas também para os colegas. Fez um grande jogo e é um grande jogador. Felizmente temos mais jogadores para a posição, como o Mangas e o Matheus Reis. O habituou-nos a um patamar muito alto.”

O técnico também destacou a importância dos suplentes na dinâmica da equipa: “ e o deram a energia necessária aos colegas de equipa. Os suplentes foram importantes.”

Reflexão Sobre o Futuro

Sobre a quebra de rendimento da equipa, Amorim admitiu: “É difícil justificar, posso dar a desculpa da falta de energia, mas isso não é desculpa. Não quero pensar que estivéssemos a olhar para o jogo de quarta-feira, mas mais do que tudo temos de perceber que não pode voltar a acontecer. Fizemos o suficiente para ganhar, não deixámos o Estoril criar nada de extraordinário, mas no futuro podemos passar mal. Mais do que razões, é cada um fazer a retrospetiva do jogo e ter consciência a incapacidade que tivemos ao longo do jogo.”