Criticas à FIFA sobre saúde dos jogadores

  1. Sergio Marchi critica FIFA
  2. Joaquim Evangelista apoia críticas
  3. Acordo da FIFA omite FIFPro
  4. 72 horas de descanso entre jogos

Na sequência de uma declaração do presidente da FIFPro, Sergio Marchi, que criticou a escolha do organismo de cúpula do futebol mundial em “continuar a escolher aumentar os lucros à custa dos corpos dos jogadores e da sua saúde”, Joaquim Evangelista, que faz parte do 'board' mundial do organismo internacional, juntou-se à crítica. “A total ausência de diálogo com a FIFPRO e tomada de posições unilaterais, sem promover a concertação social, abusando de uma posição dominante, já tinha merecido a reprovação do Tribunal de Justiça da União Europeia, na decisão do 'caso Diarra’”, lembra Evangelista, citado em comunicado.

Segundo o líder do SJPF, “quaisquer medidas legais que venham a ser tomadas” para proteger os jogadores são legítimas. Marchi considerou uma “ficção” a narrativa veiculada pelo presidente da FIFA, Gianni Infantino, de que o Mundial de clubes tenha sido um sucesso, e Evangelista considera que esta competição, ganha no domingo pelo Chelsea, contribui para um “calendário congestionado que compromete a melhor performance, saúde e bem-estar dos jogadores de elite”, além de bater de frente com o “exercício de direitos fundamentais” humanos, como o gozo de férias.

Críticas ao Acordo da FIFA

Estas críticas surgem, de resto, um dia depois de a FIFA ter anunciado um acordo com várias organizações representativas de jogadores sobre a necessidade de descanso dos jogadores, de pelo menos 72 horas entre jogos, e um período mínimo de férias entre duas temporadas. O organismo não divulgou com quem reuniu, mas a FIFPro ficou de fora, daí que o SJPF lamente a falta de diálogo entre as partes.

Numa altura em que o evento, realizado nos Estados Unidos, enfrentou críticas devido à sobrecarga de jogos, a ausência da FIFPro nas negociações levanta questões sobre a eficácia e a representatividade das decisões tomadas. A falta de um entendimento sólido entre a FIFA e os representantes dos jogadores pode trazer consequências negativas para o futuro do futebol.

A Saúde dos Jogadores em Primeiro Lugar

Evangelista e Marchi sublinham a importância de priorizar a saúde e o bem-estar dos jogadores, alertando para o risco de se comprometerem as suas carreiras devido a exigências excessivas. “É fundamental que haja um diálogo aberto e construtivo sobre estas questões para garantir que os interesses dos jogadores sejam devidamente respeitados”, afirmou Evangelista.

As vozes de preocupação levantadas pelos líderes da FIFPro e do SJPF refletem um sentimento crescente entre os jogadores e suas associações sobre a necessidade de um equilíbrio entre o calendário competitivo e a saúde dos atletas. O futebol deve ser um jogo justo, tanto dentro como fora do campo, e a proteção dos jogadores deve ser uma prioridade inquestionável para todos os envolvidos.