João Noronha Lopes tem emergido como uma figura proeminente no discurso crítico em relação à liderança do Benfica, particularmente no que diz respeito à gestão dos vastos recursos financeiros do clube. Em uma recente aparição, Lopes questionou diretamente Rui Costa sobre a utilização de um saldo positivo de 300 milhões de euros nos últimos quatro anos, afirmando: “Em que foram usados esses 300 milhões? Não foram usados para ganhar títulos, nem para pagar dívida, nem para infraestruturas, nem para dar mais força à marca Benfica. Desperdiçamos tempo e dinheiro. Não podemos continuar a adiar do Benfica.” Esta declaração foi feita diante de cerca de 300 adeptos, deixando claro que a sua visão para o Benfica está centrada na conquista de títulos, ao invés de meras transações financeiras. “Eu não festejo vendas de jogadores e não festejo segundos lugares. Eu festejo títulos,” acrescentou Lopes, sublinhando o seu desejo por um Benfica que ambiciona mais do que apenas uma posição de destaque sem a relevância dos troféus.
Crítica à Arbitragem e ao VAR
Em outro momento, Lopes dirigiu-se à questão da arbitragem, especificamente sobre a atuação do VAR na final da Taça de Portugal, onde o Benfica foi derrotado pelo Sporting. O candidato à presidência expressou o seu apoio à posição oficial do clube, afirmando que “a verdade desportiva foi gravemente adulterada”. Lopes apoiou a exigência do Benfica pela “divulgação pública dos áudios do VAR” e sugeriu a criação de um “comité independente e autónomo para revisão de lances em jogos de maior importância”, reafirmando assim o seu compromisso com a transparência no futebol português.
Noronha Lopes também criticou a condução do VAR e dos árbitros, afirmando que “a integridade da final da Taça de Portugal foi comprometida. Não há verdade no resultado deste jogo.” Ele recordou os erros de arbitragem que prejudicaram a equipa, em particular a análise do contacto entre Matheus Reis e Andrea Belotti, que considerou um “colossal erro de avaliação e julgamento”. Questionou a falta de consequências para os árbitros e pediu um compromisso com a verdade desportiva. “Se o atual sistema disciplinar não protege os jogadores nem a verdade desportiva, quem protege?” Esta frase, em particular, ressalta a crítica necessidade de reformar a forma como a arbitragem é tratada no desporto.
Chamada à Ação
Por fim, a mensagem geral de Lopes representa uma clara chamada à ação. A necessidade de uma revisão profunda da arbitragem em Portugal e a implementação de um plano que restaure a credibilidade do sistema são fundamentais para Lopes e para o futuro do Benfica. Defendendo a criação de um “comité independente e autónomo para revisão de lances”, Lopes demonstra a sua determinação em não apenas criticar, mas também propor soluções que possam beneficiar o futebol de forma mais ampla.
Esta postura destaca a visão de um clube que não aceita compromissos quando se trata de justiça e títulos. Com um discurso firme e propostas concretas, Lopes está a colocar em evidência a importância da transparência e da integridade no desporto, elementos que considera cruciais para o renascimento do Benfica na luta pelos seus objetivos.