FC Porto: Cláudio Ramos e Rui Quinta analisam época aquém das expectativas

  1. Cláudio Ramos admite época do FC Porto aquém do desejado.
  2. Cláudio Ramos sente «envergonhado» pelas derrotas com rivais.
  3. Rui Quinta critica trocas técnicas na gestão do FC Porto.
  4. Rui Quinta questiona se a liderança quer ter razão ou ser campeão.

A temporada do FC Porto ficou muito aquém do nível desejado, e figuras como o guarda-redes Cláudio Ramos e o ex-treinador adjunto Rui Quinta partilham as suas visões sobre os motivos do insucesso. Em entrevistas, ambos apontam falhas na estrutura e na gestão do clube como pontos chave para a época para esquecer.

Balanco desconsolado de Cláudio Ramos

Em entrevista ao jornal O JOGO, Cláudio Ramos admitiu a sua frustração com a época. “Todas as épocas que não acabam com a conquista do título são difíceis para todos e, especialmente, para nós, jogadores, que trabalhamos todos os dias para dar essas alegrias e títulos aos adeptos. Este, além de tudo, foi um ano de transição, mesmo em termos de plantel, e não foi por falta de vontade ou empenho que falhámos os objetivos. Fomos muito penalizados em cada erro que cometíamos. Lembro-me dos golos sofridos nos descontos de forma quase consecutiva que muitas vezes deitavam abaixo todo o excelente trabalho produzido durante esses jogos”, afirmou o guarda-redes.

O internacional português destacou a importância da autocrítica e o peso das derrotas para os rivais. “Foram dois momentos em que essencialmente senti o peso que uma derrota destas tem para os nossos adeptos. Qualquer derrota é pesada para o FC Porto, mas estas, com os rivais e da forma que foi, deixam-nos envergonhados”, confessou Cláudio Ramos, referindo-se, implicitamente, às derrotas frente ao Benfica.

Rui Quinta e a crítica à gestão

O ex-treinador adjunto Rui Quinta também não poupou críticas à direção do clube. Segundo ele, as trocas técnicas na gestão não trouxeram resultados positivos. “os factos mostram que a mudança não produziu efeito nem acrescentou rigorosamente nada ao desempenho da equipa que permitisse ter a ilusão de discutir alguns dos troféus que ainda estavam em jogo”, referiu Quinta, apontando para a troca de Vítor Bruno por Martín Anselmi.

Rui Quinta apelou a uma liderança com convicções, não apenas pela emoção. “percebo o entusiasmo, a paixão, a dedicação e a ligação umbilical ao clube, mas quem dirige tem de o fazer através das convicções e ideias. Não poderá dirigir pela onda, pela manada ou em função daquilo que parece”, aconselhou o ex-técnico.

A responsabilidade dos líderes

Quinta questiona a prioridade da liderança do clube. “Questiono-me muitas vezes se queres ter razão ou ser campeão. É a pergunta que deve nortear quem lidera. Por muita razão que possamos ter, quem joga são os futebolistas e quando eles não se sentem protegidos nem devidamente acompanhados, defendem-se, não dão o seu melhor”, salientou Rui Quinta, destacando a importância de um ambiente positivo e motivacional para os jogadores.

Falhas táticas e financeiras

Em relação à estrutura tática, Rui Quinta criticou a mudança para uma formação com três defesas centrais, implementada por Anselmi, considerando-a ineficaz. O ex-adjunto abordou também as dificuldades financeiras do clube. “O único impacto é que não entra receita, mas é uma oportunidade extraordinária para procurar outras soluções que, muitas vezes, o dinheiro nem permite pensar”, concluiu Quinta, defendendo a necessidade de soluções criativas para superar o atual momento.

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