Decorre em Marselha, França, o julgamento do médico colombiano Fredy Gonzales Torres, acusado de fornecer substâncias proibidas a corredores da equipa francesa Arkéa-Samsic, incluindo os ciclistas colombianos Nairo Quintana e seu irmão Dayer.
O Ministério Público francês pediu uma pena de um ano de prisão, com pena suspensa, multa de 5000 euros e proibição de cinco anos de exercer qualquer atividade relacionada com um organismo desportivo para Gonzales Torres.
Acusação de fornecer substâncias proibidas
Gonzales Torres é acusado de «posse de substância ou método proibido para utilização por um atleta sem justificação médica, neste caso equipamentos, ferramentas, produtos e dispositivos para realizar infusões intravenosas e/ou injeções» aos irmãos Quintana, de acordo com a procuradora Marion Chabot.
«Este caso vai além do conjunto de provas recolhido», considerou a procuradora, enquanto o advogado de Fredy Gonzales Torres defendeu que «nenhum produto dopante foi apreendido» e requereu a absolvição do seu cliente.
Caso não relacionado com o positivo de Nairo Quintana
Este caso não está relacionado com o resultado positivo de Nairo Quintana para tramadol durante o Tour de 2022, que resultou na sua desclassificação da prova pela UCI, pois o tramadol não constava na lista de substâncias proibidas da Agência Mundial Antidopagem (AMA) na época, embora fosse proibido pela UCI em competição.
Durante o Tour de França de 2020, realizado mais tarde devido à pandemia de Covid-19, foram apreendidos equipamentos e medicamentos, principalmente no quarto de Gonzalez, durante buscas a um hotel em que a equipa francesa estava alojada.