Recuperação da liderança, mas eliminação na Taça da Liga e Champions comprometida
Nesta sexta-feira, Rui Borges cumpriu 50 dias como treinador do Sporting. O técnico assumiu a equipa num período difícil, que ditou a perda da liderança do campeonato, mas conseguiu recuperá-la, tendo agora quatro pontos de vantagem sobre o Benfica, o maior rival.
No entanto, o Sporting perdeu a final da Taça da Liga e tem a presença na Liga dos Campeões seriamente comprometida após a derrota por 3-0 em casa no jogo da 1.ª mão do play-off diante do Borussia Dortmund.
Promessa de «voltar a ser uma grande equipa»
Questionado sobre se pode prometer aos adeptos que a equipa voltará a ser uma "super-equipa", como era com Rúben Amorim, Rui Borges foi claro: «Aos adeptos prometo trabalho e lutar para ganhar todos os jogos e ser campeão. E quero que sejamos uma grande equipa. Para já, somos a melhor porque vamos à frente. (…) O Sporting é a melhor equipa [do campeonato]. Vai em primeiro, ponto final. Em relação à super-equipa, depende daquilo que é para vocês uma super-equipa e o que é para mim. Compete-me chegar ao fim e o que mais querem os sócios é o que eu mais quero: sermos campeões, de certeza absoluta.»
Desgaste dos jogadores e lesões como obstáculos
O treinador reconheceu que o elevado número de lesões e o desgaste acumulado têm sido um obstáculo. «A nível da UEFA somos a equipa com maior média de jogos em ternos mensais. Uma média de 6,2 ou 6,4. O resto está em 5 ponto qualquer coisa. É a equipa, se calhar, com mais tempo de jogo da Europa. Estou aqui há um mês e meio e fiz dois treinos aquisitivos e com intensidade. É difícil. (…) A equipa está cansada, porque temos tido algumas lesões e os jogadores têm feito vários jogos seguidos. O Morten [Hjulmand] parou agora ao fim de 15 jogos seguidos a fazer 90 minutos. Eles não são máquinas, são seres humanos e o cansaço existe. Vê-se bem em vários comportamentos», vincou.
Apesar destes obstáculos, o treinador mostrou-se confiante de que o Sporting irá melhorar. «Os jogadores têm sido fantásticos. Tirando a Liga dos Campeões, no campeonato estamos muito bem. Chegámos com menos um ponto e estamos quatro à frente. Somos o melhor ataque, não éramos a melhor defesa e somos agora», constatou, acrescentando: «Acreditamos que com o passar do tempo vamos ficando melhores. Vamos tentando recuperar malta para ter mais gente e responder de melhor forma na reta final do campeonato.»