O Sporting está a considerar implementar o voto eletrónico à distância nas suas assembleias gerais, numa tentativa de aumentar a participação dos sócios. A proposta será submetida à votação dos sócios este domingo, em Assembleia Geral. O vice-presidente do clube, André Bernardo, explicou que a medida visa tornar o clube mais inclusivo, permitindo que todos os sócios tenham uma voz nas decisões importantes.
"É mesmo uma questão de ser a favor de querer todos os sócios a poder participar, ou não", afirmou Bernardo, em entrevista ao jornal Record. Ele também enfatizou a segurança do processo de voto eletrónico à distância, assegurando que é um processo mais seguro do que o voto presencial. Bernardo argumentou que o voto eletrónico já é utilizado nas assembleias gerais eleitorais do clube e que a proposta tem o apoio de uma entidade independente e será auditada por outra entidade.
No entanto, nem todos estão convencidos da proposta. Alguns sócios expressaram preocupações com a segurança do voto eletrónico à distância. O ex-candidato à presidência do clube, João Benedito, sugeriu a deslocalização do voto para os núcleos do Sporting. No entanto, Bernardo rejeitou essa ideia, argumentando que seria impraticável logística e segurança.
Por outro lado, o bastonário da Ordem dos Economistas, António Mendonça, defendeu o voto eletrónico à distância, destacando que poderia levar a uma maior participação eleitoral. Mendonça conhece o sistema por experiência própria, uma vez que foi eleito bastonário através de uma metodologia semelhante. Ele afirmou que o voto eletrónico à distância é seguro e eficaz, e que as preocupações com possíveis irregularidades também existem no voto presencial.
A implementação do voto eletrónico à distância requer a aprovação de 75% dos votos e dos votantes na Assembleia Geral de domingo. O Sporting espera que esta medida possa abrir um novo capítulo na história do clube, permitindo que todos os sócios tenham uma voz nas decisões importantes.