Memórias do passado
Os nomes de Mbo Mpenza e Filip De Wilde relembram de imediato uma época inesquecível para os adeptos do Sporting. O antigo guarda-redes belga, hoje com 60 anos, atende-nos com um sorriso para recordar diversos momentos da sua passagem pelos Leões.
De Wilde começou a carreira sénior em 1981/1982 no KSK Beveren, clube onde ficou até 1986/1987. Nesse ano, aceitou o convite do Anderlecht, um dos gigantes do futebol belga, onde conquistou quatro títulos do campeonato nacional.
A chegada a Portugal
Vi várias gerações do Anderlecht a passar e percebi que os melhores jogadores foram transferidos para o estrangeiro, começou por referir o belga sobre a sua decisão de aceitar o convite do Sporting em 1996/1997.
O então treinador Robert Waseige foi o responsável por trazer De Wilde para Portugal, onde chegou a jogar com grandes nomes como Iordanov, Oceano, Marco Aurélio ou Pedro Barbosa. O Mário Jardel, nessa altura, ainda jogava pelos nossos adversários [risos]. Depois acabou por assinar pelo Sporting e continuou a marcar golos.
Despedida e recordações
Após 67 jogos com a camisola dos Leões, De Wilde decidiu regressar ao Anderlecht por vontade do selecionador nacional Georges Leekens, que queria que o guarda-redes tivesse ritmo de jogo.
Estou bem com a decisão que tomei. As coisas a nível pessoal até foram melhorando, pois a minha família, numa primeira instância, não queria muito ir para Portugal. A minha mulher e as crianças, passado dois anos, contaram com dificuldades para regressar à Bélgica. Tiveram uma ótima experiência em Lisboa [risos], recordou.
Sobre Vítor Damas, De Wilde afirmou: Principais qualidades do Vítor? Humanas e futebolísticas, um pouco de tudo. Transmitiu-me confiança para tentar ser importante no Sporting. Era uma excelente pessoa e isso é o que guardo com mais carinho.