O jornalista Nuno Raposo criticou a decisão do selecionador nacional Roberto Martínez de convocar Geovany Quenda para a Seleção A e não lhe dar qualquer minuto de jogo.
Raposo lembra que Martínez promoveu Quenda, um jovem jogador do Sporting, à Seleção A, após o ala ter tido um bom desempenho no Europeu de sub-17 e na pré-temporada do campeão português. «É muito importante para nós acompanhar o novo talento, mas o selecionador e a equipa técnica não têm camisolas. O Geovany Quenda vive no desequilíbrio, gosta das situações no um para um, fez um Europeu de sub-17 muito bom, num grupo de jogadores com muito talento. Gostámos muito do que ele fez na pré-época. Adaptou-se a uma posição diferente, à responsabilidade de jogar no onze inicial do campeão de Portugal, e para nós é um jogador que para este estágio pode ser interessante ver como entra no patamar internacional.»
Elogios de Martínez não se traduziram em minutos
Martínez chegou mesmo a elogiar Quenda, afirmando que «o Quenda traz o desequilíbrio e capacidade técnica à seleção. É um jogador com magia e com um futuro espetacular. Era importante que os jogadores que estão aqui conheçam os nossos conceitos.»
No entanto, apesar dos elogios, Quenda não chegou a jogar qualquer minuto nos jogos da Seleção A na Liga das Nações. Raposo considera que esta foi «uma grande maldade» de Martínez, uma «falta de respeito» para com o jovem jogador que «naturalmente alimentava o sonho de uma estreia já adiada».
Prejuízo para a Seleção de sub-21
Segundo o jornalista, a convocatória de Quenda foi também uma interferência nos planos da Seleção de sub-21, privando o selecionador Rui Jorge de trabalhar com um elemento-chave para o Europeu da categoria. «Na próxima vez que for chamado, Quenda deve ir cheio de moral...», conclui Raposo.
O articulista considera que o «pecado» de Martínez foi não ter dado qualquer minuto de jogo a Quenda, depois de o ter convocado para a Seleção A, uma decisão que classifica como «uma grande maldade» e «falta de respeito» para com o jovem jogador.