Filipe Çelikkaya, o técnico que formou jovens no Sporting B e agora olha para o futuro

  1. Filipe Çelikkaya tem origens turcas pelo lado do pai e portuguesas pelo lado da mãe
  2. Nos últimos 4 anos foi treinador do Sporting B
  3. Trabalhou diretamente com Rúben Amorim e Hugo Viana no Sporting
  4. Recusou vários convites para sair do Sporting durante esses 4 anos

Origens multiculturais e percurso na formação


Filipe Çelikkaya, de origens turcas pelo lado do pai e portuguesas pelo lado da mãe, passara por vários clubes na sua carreira, incluindo Almada, Benfica, Al Ahli (Emirados Árabes Unidos) e Sporting na formação. Nos últimos quatro anos, foi treinador do Sporting B, onde trabalhou diretamente com Rúben Amorim e Hugo Viana.

«Este patamar é o culminar da minha carreira desde o início, que foi de grande trabalho, muitas vezes de grandes dificuldades, passando por várias funções, até ter tido a hipótese e oportunidade de treinar o Sporting B e estar na criação dessa equipa», começou por explicar Çelikkaya.

Objetivo de desenvolver jovens jogadores


Çelikkaya revela que tinha «um plano muito bem desenvolvido na nossa mente, que era o desenvolvimento de jovens jogadores para a equipa principal, com a conquista de troféus, naturalmente, e quando esses jovens jogadores não tinham espaço, integrarem quadros competitivos de alto nível através de vendas ou empréstimos para fazerem valer o nosso nome internacionalmente».

«Essa foi a minha função durante estes quatro anos e penso que foi cumprida na íntegra, o que me dá esperança e objetividade para o que quero para o meu percurso de treinador, num projeto que vá ao encontro das minhas expectativas e ao encontro às expectativas das administrações desses clubes e que se possa fazer um trabalho de grande nível, de grande sucesso, que se traduza em vitórias», acrescentou.

Valor de um treinador provado diariamente


Questionado se já provou o seu valor, o técnico afirmou que «o valor de um treinador é provado todos os dias. No seu comportamento diário, como comunica internamente e externamente, na forma como lida com os jogadores e com a sua equipa técnica e com todos os departamentos envolvidos».

«Portanto, eu gostava, e tenho tido a oportunidade de ter liberdade para escolher esse mesmo projeto. É por aí que eu vou lutar para ingressar numa nova etapa da minha carreira profissional», referiu.

Recusou convites para sair do Sporting


Çelikkaya revela que, durante os quatro anos no Sporting, recebeu «vários convites, todos eles com o conhecimento do Hugo Viana e do Rúben Amorim, porque eram essas pessoas a quem reportava diariamente», mas acabou por nunca sair porque «não era o meu desejo nessa altura».

«Acreditava que aquilo que eu estava a fazer, via isso como um espírito de missão, porque já era a minha segunda passagem pelo clube, e de facto queria olhar para trás quando saísse do clube e não a meio, e que ficasse muito orgulhoso daquilo que fiz e que fizemos durante aquele percurso. Foi um trabalho de grande nível. Parti muita pedra, com muita gente. E de facto, tudo aquilo que se fez, está à vista», afirmou.

Jovens jogadores do Sporting na elite europeia


O técnico destaca o trabalho feito na formação do Sporting, com vários jovens a serem aproveitados na equipa principal e outros a serem vendidos ou emprestados a clubes de topo, como o Chelsea, Southampton, Leicester City, Tottenham e Manchester City.

«Espero que sim, até porque espero que o paradigma de apostar na formação, de mostrar o talento português ao mundo, da forma como nós fizemos, continue a ser feito ao longo do tempo, até porque nós sabemos da dificuldade que os clubes portugueses têm em angariar as suas receitas, e cada vez mais estas questões da formação, da transição, e da parte profissional têm o seu peso, porque são investimentos muito grandes por parte de uma administração, que tem que ter os seus dividendos, as suas receitas», referiu.

Futuro promissor do Sporting


Çelikkaya acredita que o Sporting «vai continuar a ter sucesso» no futuro, «naturalmente com pessoas diferentes, mas isso faz parte da longevidade dos clubes, não têm sempre as mesmas pessoas, mas é importante as pessoas que lá estão, saibam exatamente qual é o ADN do clube, qual é a visão e a missão que têm para ele, e só assim o clube poderá crescer em patamares que há quatro anos não estava, e que neste momento está mais sólido».

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