Anderson Polga ficará para sempre na história do futebol português como o primeiro jogador a atuar em Portugal com um título mundial no currículo. Formado no Grêmio, foi pelas atuações no Brasileirão que chamou a atenção de Luiz Felipe Scolari e conquistou um lugar na seleção brasileira que se sagrou campeã do mundo em 2002.
O central brasileiro assinou pelo Sporting em 2003, com apenas 24 anos, e chegou a Alvalade com o «peso» de ter conquistado o título de seleções mais desejado. Ficou conhecido por jogar simples, sem inventar, fazendo poucas faltas e por ter a calma necessária para, mais tarde, se tornar o líder do balneário.
O central brasileiro em Alvalade
Seguiram-se nove épocas de leão ao peito e, algumas delas, com a braçadeira de capitão. Apesar de se poder dizer que Polga passou um bom período em terras lusas, também é inegável que o central viveu alguns momentos menos felizes em Alvalade.
«Desde logo, salta à vista a derrota na final da Taça UEFA, diante dos russos do CSKA, jogo em que Polga, apesar de quase sempre titular, ficou no banco, por opção de José Peseiro», como lembra o jornalista. «Embora o treinador tenha dito, mais tarde, que a decisão foi tomada com base num pedido do jogador, a verdade é que a saída do mesmo chegou a ser equacionada pelo próprio no final dessa época, dada a insatisfação sentida.»
Em busca do título de campeão
Ignorando a situação, Anderson Polga manteve-se no Sporting por mais cinco épocas e sempre em busca do título de campeão nacional. Este, no entanto, nunca chegou e ao invés disso somaram-se as conquistas de duas Taças de Portugal (2006/07 e 2007/08) e duas Supertaças (2007 e 2008).
O brasileiro, que antes do Sporting só tinha vestido a camisola do Grêmio, deixou Portugal em 2013 e assinou pelo Corinthians, onde participou em apenas três jogos. «Pendurou as chuteiras» nesse mesmo ano e agora, de quando em vez, participa em jogos de antigas estrelas, como foi o caso do que teve lugar no Estádio José Gomes, no passado mês de agosto, e que contou com Ronaldinho Gaúcho.