Carreira marcada por momentos polémicos
O avançado André, mais conhecido como «Balada», anunciou o fim da sua carreira de futebolista aos 34 anos. O último jogo do antigo internacional brasileiro foi no passado mês de setembro, ao serviço do Cabofriense, clube da sua cidade natal e do qual é proprietário.
Apesar de ter planeado reformar-se aos 30 anos, André continuou a jogar por incentivo do pai, mas agora pretende iniciar uma nova etapa como gestor. «O André Balada é um personagem. É o personagem que criaram, é óbvio que eu gosto de sair, gosto de dar as minhas voltas, mas não tanto como as pessoas pensam. Não sou alcoólico, isso é o principal, porque as pessoas olham e falam», explicou o antigo jogador em entrevista ao Globoesporte.
Conhecido pelos seus momentos de farra e festas, André admite que a sua imagem pública nem sempre correspondeu à realidade. «Agora também achar que eu vou ficar oito meses, um ano dentro de casa, trancado, é complicado. Acho que ninguém vive assim. Então, atrapalhou sim, mas, de certo modo, eu, o André, não me incomodou não, porque quem me conhece, eu acho que sabe, quem conhece o André, que não é esse personagem André Balada, sabe quem eu sou.»
Passagem pelo Sporting e companhias de luxo
Durante a sua carreira, André representou vários clubes, entre eles o Sporting, onde jogou na temporada 2016/17 e marcou três golos em 15 jogos. O brasileiro recordou a sua passagem por Alvalade, onde teve a oportunidade de jogar com craques como Neymar e Ganso no Santos, e Ronaldinho no Atlético Mineiro.
«Acho que jogar com o Neymar e com o Ganso é meio caminho andado. É só não fazer asneiras. (...) É só não atrapalhar muito. Deixa-os fazer tudo, não atrapalhes muito. Mas foi bom. Entendíamo-nos muito.» Já sobre Ronaldinho, André considera-o o melhor jogador que já viu, mas admite que as festas de Neymar são melhores: «Ele é bom de festa, mas o Neymar é melhor. Isso daí não tem comparação, Neymar é no luxo.»
Faltou «um pouco mais de maturidade»
Apesar de ter tido uma carreira marcada por alguns momentos polémicos, André garante que sempre foi um profissional dedicado e competitivo. «Quem trabalhou comigo sabe que eu sou altamente competitivo, altamente profissional, senão eu não sairia de Cabo Frio e chegaria onde cheguei.» O antigo avançado admite, no entanto, que lhe faltou «um pouco mais de maturidade» para atingir um nível superior no futebol.
Aos 34 anos, André Balada despede-se do futebol profissional, mas garante que continuará a aproveitar a vida, apenas com mais liberdade do que quando era jogador. «Agora eu posso fazer algumas coisas que antes, a jogar, eu não podia.»