O Sporting de Braga procura entrar com o «pé direito» na I Liga de futebol, na receção ao Estrela da Amadora, no domingo. No entanto, terá de fazer melhor do que na primeira mão da pré-eliminatória da Liga Europa, quando empatou a zero com o Servette, da Suíça.
O treinador dos minhotos, Daniel Sousa, concordou com as declarações do presidente António Salvador, que frisou que a equipa «podia e devia ter feito muito mais» nesse encontro.
Melhorar a exibição
«Foi o presidente que o disse, mas podia ter sido eu. Aliás, tive um discurso semelhante no final [com os jogadores] porque, efetivamente, temos que fazer melhor, sobretudo do que aquela primeira parte em que estivemos muito aquém da exigência do Braga e da imagem que queremos dar aos nossos sócios e adeptos», afirmou Daniel Sousa.
O técnico quer ver uma atitude diferente em relação à primeira parte com o Servette, assim como menos perdas de bola. «Isso condiciona o jogo restante. Nestes dois dias, tentámos também corrigir as distâncias entre setores, que foi muito grande em alguns momentos, e também devemos carregar um pouco mais a bola numa fase inicial», explicou.
Banza de regresso
Ausente dos dois últimos jogos dos minhotos, devido a lesão, o avançado Banza está apto e convocado para domingo, podendo ser mesmo titular, ainda que o treinador não o tenha confirmado.
Daniel Sousa confessou-se «ansioso» pelo início do campeonato - «uma caminhada que se antevê longa» -, e considerou que a equipa já deu uma resposta na segunda parte com os suíços, pelo que, se houver mudanças no 'onze', não terá a ver com o desempenho, mas com uma necessária gestão de uma equipa que tem um jogo decisivo na quinta-feira, em Genebra, na segunda mão da eliminatória europeia.
Desafio do Estrela da Amadora
Em relação ao adversário, Daniel Sousa notou que há várias mudanças, que vão desde o novo treinador, Filipe Martins, com uma «nova ideia de jogo», até à entrada de muitos jogadores, o que cria um «desafio» ao Sporting de Braga.
«Se fosse o Estrela da Amadora da época passada, já havia um conhecimento prévio. Assim, há o que vimos em alguns jogos da pré-época. É uma equipa difícil, combativa, com qualidade individual em todas as posições, mas queremos entrar com o pé direito», frisou.
Futuro de André Horta
O treinador abordou ainda a questão de André Horta, depois de António Salvador ter dito na véspera que Daniel Sousa considerou o jogador como não sendo prioritário face aos médios que existiam no plantel.
«Mesmo antes de eu ter cá chegado, houve uma manifestação de interesse do Olympiacos e de outros clubes. A partir desse momento, em que me é transmitida essa informação, toda a construção do plantel é feita com a ideia de que ele não estaria cá. Era um contexto de potencial saída e eu procurei outras opções», disse.
Daniel Sousa notou que «houve um refrear na negociação, mas o interesse [do Olympiacos] não caiu», e que ficará «extremamente contente» se André Horta ficar «porque é uma mais-valia e um jogador com muita qualidade».