André Geraldes considera Brasileirão "um dos melhores campeonatos do mundo"

  1. O Sporting atravessou um momento de falta de cultura de exigência e profissionalização
  2. André Geraldes criou um gabinete de apoio ao atleta no Sporting
  3. O Brasileirão tem potencial para ser um dos melhores campeonatos do mundo
  4. É essencial encarar o futebol como uma empresa com profissionalismo

André Geraldes, antigo team manager do Sporting, concedeu uma entrevista ao podcast 'Footure' onde teceu considerações sobre o futebol brasileiro e a sua passagem pelos leões.

O dirigente, que deixou a SDUQ do Varzim no final do ano passado, acredita que o Brasileirão tem tudo para se tornar «um dos melhores campeonatos do mundo», desde que os clubes consigam «estabilizar e profissionalizar-se».

A "falta de cultura de exigência" no Sporting


O Sporting, apesar de ser um clube grande, atravessou um momento de alguma falta de cultura de exigência e, por consequência, de alguma falta de organização e profissionalização, e foi isso que nós levámos para o clube nessa altura e as coisas correram bem., começou por explicar Geraldes, que esteve no Sporting entre 2013 e 2018.

Ainda antes de passar a diretor desportivo, o antigo team manager criou «um gabinete de apoio ao atleta», onde «tratávamos de todos os detalhes para que os jogadores e as suas famílias se sentissem da melhor forma possível». Algo que «foi também alargado a todas as modalidades e foi um verdadeiro sucesso».

O potencial do futebol brasileiro


Sobre o contexto atual do futebol brasileiro, Geraldes reconhece o «enorme talento existente», mas acredita que faltam outros aspetos importantes, como a «organização dentro dos clubes».

Há sempre muitas mudanças. Parece-me importante que os clubes procurem estabilizar e profissionalizar-se. Conseguindo isso no Brasil, e com o talento que existe, tenho a convicção de que o Brasileirão será um dos melhores campeonatos do mundo, analisou.

Para o antigo dirigente do Sporting, é essencial «encarar o futebol como uma empresa», pois «são ativos que valem milhões que estão a jogar nos nossos clubes e tudo tem de ser encarado de uma forma altamente profissional». Nesse sentido, um «executivo de futebol deve olhar para a organização e, em primeira instância, perceber quais são as suas fragilidades. Todos os departamentos têm de existir com o máximo profissionalismo», rematou.