Partiam atrás de quase toda a concorrência. Como segundas escolhas - ou até no último degrau da hierarquia -, havia quem lhes vaticinasse um fim de linha no clube leonino. Pois bem, contra todas as expectativas… ficaram, agarraram um lugar, convenceram Rúben Amorim e chegaram a esta fase da época, com o Sporting a um pequeno passo de conquistar o título, como peças importantes, decisivas até, no percurso imaculado dos leões na temporada.
Geny Catamo, a revelação inesperada
Geny Catamo é, talvez, o caso mais surpreendente. Pelo que cresceu, valorizou e deu a uma equipa que partia com limitações no corredor direito. Com Esgaio, um nome que nunca foi consensual no universo leonino, solução de recurso, o reforço Fresneda sem afirmação, eis que o ala moçambicano explodiu em Alvalade (após duas cedências sem brilhantismo a Marítimo e Vitória de Guimarães) e hoje é um dos intocáveis: 39 jogos (6 golos, 5 assistências, números inéditos na carreira) e um valor de mercado subiu a mais de… 100%. Tanto que o ala até já despertou a atenção de vários emblemas europeus que seguem o moçambicano com atenção.
Eduardo Quaresma, o renascimento de um produto da formação
Eduardo Quaresma, após a época mais apagada da carreira, na Alemanha, numa cedência ao Hoffenheim (85 minutos na Bundesliga), o renascimento no leão, com 28 jogos, a aproveitar, sobretudo, as lesões de St. Juste e a ida de Diomande para o CAN. É um dos produtos de Alcochete e, tal como A Bola adiantou, já tem acordo para renovar até 2028. Muito acarinhado pelos adeptos - fez parte do plantel que conquistou o título em 2020/2021 -, Eduardo Quaresma ganhou nova vida e aos 22 anos parece agora confirmar as enormes expectativas nele criadas desde tenra idade na formação dos leões.
Franco Israel, o guardião que se afirmou na ausência de Adán
Por fim, Franco Israel, a viver na sombra de Adán desde a época passada. Com a lesão do espanhol (que está em fim de contrato) agarrou o lugar e, apesar de alguns sobressaltos - e de o leão estar no mercado em busca de uma alternativa -, ganhou um lugar para o futuro. A lesão de Adán não se fez sentir e a regularidade apresentada por este uruguaio de 24 anos, nesta segunda metade da época, deu garantias que, convém lembrar, nunca tinha tido.
Peças-chave para o presente e futuro do Sporting
Três jogadores que, não tendo o impacto de Viktor Gyokeres e Morten Hjulmand, tornaram-se peças determinantes não só a nível desportivo (olhando para os jogos somados até ao momento e a importância que tiveram nesta segunda metade da temporada) como também financeiro (pois com a afirmação no plantel, o leão não foi obrigado a olhar para o mercado sobretudo em janeiro).