Foco no título desta época, mas olhos postos no futuro

A cabeça dos sportinguistas está no título desta época, mas a administração já pensa também na temporada 2024/2025. Em Alvalade já se prepara o ataque ao mercado e as contratações de Zeno Debast e de Fotis Ioannidis ganham força, devendo avançar nas próximas semanas. O central belga e o avançado grego obrigarão a forte investimento, mas entram na lógica que tão bons resultados deram esta época: investir cirurgicamente, com esforço calculado tendo em conta importante retorno desportivo e financeiro.

Debast, jovem central de qualidade

Debast, de 20 anos, seis vezes internacional pela Bélgica, está identificado em Alvalade há algum tempo, como A Bola adiantou. O defesa do Anderlecht, apesar de jovem, é desde a época passada titular indiscutível no histórico emblema, que nesta altura lidera a luta pela conquista do campeonato, com os mesmos pontos do Club Brugge. Prepara-se também para marcar presença no Campeonato da Europa e nessa perspetiva a administração leonina quer antecipar-se no mercado, evitando nova concorrência que possa surgir, até porque há clubes dos principais campeonatos europeus que têm o central destro referenciado.
Contactos exploratórios fizeram os verdes e brancos perceber que os belgas pedem qualquer coisa na ordem dos €18 milhões pelo passe do central. Valor que equivale à segunda maior contratação da história dos verdes e brancos: Hjulmand, resgatado no passado verão aos Lecce. A SAD leonina, no entanto, tentará baixar o valor, acredita que pode fazer o negócio na casa dos 16 milhões de euros - um valor igualmente elevado, igual ao investido em Paulinho, em 2021, na altura recorde leonino e que ainda é a terceira maior aquisição do emblema de Alvalade.

Valorização de ativos e entrada na Champions

Sendo certo que a defesa sportinguista vai ser alvo de cobiça - Gonçalo Inácio é para Rúben Amorim intocável e por isso a SAD, até para seduzir o treinador a continuar, tudo fará para segurar um jogador que tem cláusula de rescisão de 60 milhões de euros -, Diomande pode ter papel importante, uma vez que tem vários clubes interessados, Newcastle à cabeça, e apesar de ter cláusula de 80 milhões poderá ser negociado por valor na casa dos 50/60 milhões, o que deixa os leões confortáveis no mercado, podendo atacar os alvos com segurança. E segurança oferece-lhe também o facto de a entrada direta na fase de grupo da Liga dos Campeões, a que o título nacional dá direito, ter tradução em muitos milhões...

Fotis Ioannidis, avançado grego em análise

Em €20 milhões avalia o Panathinaikos o passe de Ioannidis, precisamente o mesmo valor investido em Gyokeres, a mais cara contratação da história do Sporting. A administração já fez contactos exploratórios pelo internacional grego de 24 anos, identificado como substituto na saída do sueco - cláusula de 100 milhões mas também imprescindível para Amorim - mas que nesta altura ganha força mesmo na continuidade do goleador, tendo em conta que o treinador quer um jogador com as características do camisola 9.
O Panathinaikos não quer facilitar a saída, porque quer manter o jogador, mas este, sabe A Bola, quer nova aventura e vê no Sporting um bom destino para dar continuidade à carreira. Os leões vão avançar e podem oferecer-lhe um contrato de cinco épocas, tal como o reservado para Debast. No total pelos dois e pelos valores que estão a ser falados e tentados, o investimento pode rondar os 35 milhões.

Outras áreas a reforçar

Não são apenas o setor defensivo e o atacante que os leões querem reforçar em 2024/2025. Além do central e do ponta de lança, o plano para reforços começa na baliza, posição que viu Antonio Adán lesionar-se a dois jogos de renovação automática em época de final de contrato, o que promoveu Franco Israel a titular para a fase final da temporada. Um extremo entra também na equação.
O meio-campo também vai ter reforços, mas, para já, apenas tendo em conta a prata da casa que está a ganhar traquejo por outros lados. Mateus Fernandes, em evidência no Estoril, onde joga por empréstimo do Sporting, vai voltar à base, tal como Dário Essugo, que em janeiro foi cedido para rodar no Chaves. Ambos têm lugar garantido na pré-temporada e podem então lutar por um lugar definitivo no plantel principal.