Os incidentes ocorridos antes do jogo entre o FC Famalicão e o Sporting, que levaram ao seu adiamento, estão a ser alvo de uma investigação urgente por parte da Inspeção Geral da Administração Interna. O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, ordenou a abertura do inquérito com o objetivo de apurar as circunstâncias que levaram à falta de condições de segurança para a realização do jogo.
Além disso, o ministro convocou uma reunião de emergência com os responsáveis máximos da PSP e GNR para discutir os acontecimentos e analisar possíveis medidas a serem tomadas para evitar incidentes semelhantes no futuro.
O comunicado do Ministério da Administração Interna também menciona a abertura de um inquérito sobre declarações do presidente do Sindicato Nacional da Polícia relacionadas com a atividade da PSP no contexto dos próximos atos eleitorais, incluindo o transporte de urnas de voto.
A Direção Nacional da Polícia de Segurança Pública também emitiu um comunicado em resposta aos acontecimentos. De acordo com a PSP, o efetivo policial necessário tinha sido planeado e preparado para garantir a segurança do evento desportivo. No entanto, um número anormal de agentes informou que estavam doentes e apresentaram baixa médica antes do início do policiamento do jogo. A PSP mobilizou então recursos de outras unidades policiais, mas também encontrou situações de indisposição e hospitalização de agentes. Para reforçar o policiamento, foram também acionados elementos da Força Destacada da Unidade Especial de Polícia no Porto e da Guarda Nacional Republicana.
Apesar dos esforços para controlar a situação, a PSP, em coordenação com o organizador e o promotor do evento, decidiu que não estavam reunidas as condições necessárias para a realização do jogo.
A PSP apela aos adeptos de futebol que compreendam a complexidade da situação e sigam as indicações dos polícias presentes em Famalicão para evitar comportamentos que comprometam a ordem e a tranquilidade públicas.