António Miguel Cardoso critica a postura da FPF

  1. António Miguel Cardoso critica a FPF
  2. Futebol português precisa de diálogo inclusivo
  3. Reuniões privadas envolvem apenas 4 clubes
  4. Cardoso apela por transparência na FPF

O futebol português atravessa problemas demasiado graves para continuar ‘mergulhado’ neste silêncio. Esta é a clara mensagem de António Miguel Cardoso, presidente do Vitória de Guimarães, em relação à postura da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) que, segundo ele, não resolve os problemas nem ouve a maioria dos clubes. Numa nota de imprensa, Cardoso expressou a sua frustração com a forma como as decisões importantes são tomadas sem a devida participação dos clubes.

Ele sublinhou que, nos momentos de crise, apenas quatro clubes se encontram em reuniões privadas. “Os antigos almoços dos quatro na Liga passam agora para a FPF. O que mais me preocupa é que, sempre que surge uma crise, repete-se o mesmo ‘modus operandi’: fala-se apenas com os mesmos quatro de sempre. O futebol português não pode continuar a ser gerido em reuniões privadas de um pequeno círculo conveniente de quatro”, afirmou claramente Cardoso.

Críticas Repetidas

Estas críticas não são novas e ecoam declarações anteriores de Cardoso, que já havia manifestado o seu descontentamento em situações similares. “Tudo começa na final da Supertaça [2024/25], no primeiro jogo da época, com um almoço entre os presidentes dos ditos quatro ‘grandes’, Sporting, Benfica, FC Porto e Sporting de Braga”, disse, referindo-se a um contexto em que fica evidente o favoritismo em relação a alguns clubes.

Ao mencionar que a FPF não ouve a maioria dos clubes, Cardoso levanta uma questão válida sobre a falta de um diálogo inclusivo. Ele acredita que a solução para os problemas do futebol português não pode ficar restrita a um círculo pequeno de interesses.

Impacto no Futebol Português

A crítica de Cardoso se intensifica na sequência de eventos que envolvem decisões de arbitragem e gestão da liga que têm gerado controvérsia. Para António Miguel Cardoso, essa situação não apenas prejudica o Vitória de Guimarães, mas compromete o desenvolvimento do futebol em Portugal como um todo.

A sua firme posição destaca a necessidade urgente de uma abordagem mais democrática e aberta nas deliberações da FPF, de modo a engajar todos os clubes de maneira equitativa. A esperança reside numa mudança de atitude por parte da FPF, que deve ouvir e integrar as vozes dos clubes na tomada de decisões sérias.

Apelo por Transparência

O papel do presidente do Vitória é exemplar ao colocar essa questão em discussão, apelando por um processo mais justo e transparente para todos os envolvidos no futebol português. António Miguel Cardoso demonstra que a voz do Vitória de Guimarães é relevante e deve ser ouvida nas esferas que decidem o futuro do futebol nacional.

Com o clamor por uma gestão mais inclusiva, espera-se que a FPF tome um rumo que favoreça a união entre os clubes e a verdadeira evolução do futebol em Portugal.