Continuidade técnica no próximo mandato
O atual presidente do Vitória de Guimarães, António Miguel Cardoso, revelou que gostaria muito que Luís Freire mantivesse o comando técnico da equipa principal no seu próximo mandato, que decorrerá entre 2025 e 2028, caso seja reeleito no sábado.
Cardoso destacou o «perfil muito positivo» de Freire, de 39 anos, que foi apresentado como treinador do Vitória em janeiro de 2025, após nove mudanças na liderança técnica durante o seu primeiro triénio na presidência. O candidato da lista B às eleições do clube minhoto afirmou estar «contente» com a forma como Freire «lidera, dialoga com a direção e se enquadra na estrutura» do Vitória.
Foco na estabilidade
«Gostava muito que fosse o treinador do próximo mandato, seja comigo, seja com outra direção. Tudo vamos fazer para que isso aconteça», referiu Cardoso, recusando que as mudanças de treinador sejam inevitáveis no Vitória. O dirigente explicou que apenas dois técnicos, Paulo Turra e Daniel Sousa, saíram por não estarem «interligados com a estrutura forte e organizada» do clube.
Cardoso realçou a importância de o treinador estar «alinhado com a estratégia do clube», considerando-o a «peça mais importante numa equipa de futebol». Apesar das saídas de técnicos registadas, o candidato destacou que o Vitória «foi sempre tendo a capacidade de ter sucesso».
Objetivos ambiciosos
Nos últimos três anos, o Vitória atingiu o recorde de 63 pontos na I Liga, garantindo o quinto lugar em 2023/24, e qualificou-se por três vezes consecutivas para a Liga Conferência. Para os próximos quatro anos, Cardoso espera que a equipa vitoriana prossiga além dos oitavos de final na prova europeia, termine, pelo menos, em quinto lugar no campeonato e conquiste uma Taça de Portugal.
«Queremos continuar a ter qualificações europeias e a ter cada vez melhores campanhas na Europa. (…) Queremos também, na Taça de Portugal, fazer cada vez melhor. Fizemos umas meias-finais no ano passado [2023/24]. Queremos finais, queremos vencer finais», perspetivou o candidato.
Situação financeira
Cardoso, que é também o presidente do conselho de administração da SAD do Vitória, reconheceu que a equipa teve de «restruturar bem» o plantel durante a presente temporada, após uma campanha europeia de sucesso que rendeu 34 milhões de euros no 'mercado de inverno', com sete saídas e cinco entradas. O dirigente afirmou que o «ideal» é fazer as vendas no final da época, mas não acredita que essa operação se tenha de repetir nos próximos anos.
Apesar dos resultados positivos da atual época, o Vitória apresentava, em 31 de dezembro de 2024, um lucro semestral de 2,8 milhões de euros, um passivo de 71,7 ME e um capital próprio negativo de 28,4 ME, situação que Cardoso atribui à ausência de receitas de direitos televisivos, à amortização de negócios com o FC Porto e aos juros dos empréstimos.
