O FC Porto atravessa um momento de grande tensão em relação ao reagendamento de partidas, o que poderá impactar significativamente a sua performance na Liga. O clube emitiu um comunicado crítico sobre a decisão da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), que decidiu agendar a visita do FC Porto ao Arouca para 29 de setembro, data que coincide com a realização da Feira das Colheitas, um evento que atrai milhares de visitantes à cidade, levantando questões de segurança e obrigando a uma alteração na programação do jogo. A direção do FC Porto não poupou críticas, afirmando que 'um triste episódio que envergonha o futebol português'.
Neste duro comunicado, os Dragões expressaram o seu descontentamento com a falta de planeamento por parte das entidades responsáveis. Lembraram que a alteração do calendário ocorre entre dois compromissos europeus e na semana que antecede o clássico com o Benfica. Os responsáveis do FC Porto enfatizaram que a gestão dos períodos de recuperação dos jogadores é crucial
, dada a exigência do calendário.
Críticas à Ligação
O clube portista já havia avisado a LPFP de que não poderia colaborar com o reagendamento. De acordo com a nota, 'desde o primeiro momento, o FC Porto informou a LPFP de que não estaria disponível para colaborar no reagendamento do jogo para o dia seguinte.' A decisão unilateral da LPFP de mover a partida para um dia após o originalmente agendado foi considerada uma falta de respeito pelas regras da competição, pois obriga o FC Porto a disputar três jogos em apenas sete dias.
Além disso, recordaram que 'a coincidência entre o encontro da sétima jornada da I Liga e o evento anual de grande afluência em Arouca era previsível', o que poderia ter sido evitado com um planeamento adequado. Esta falta de consideração tem gerado um clima de desagrado entre os adeptos e dirigentes do clube.
Implicações Políticas
Para acrescentar mais peso à crítica, os Dragões também apontaram que a decisão política tomada pelo presidente da Liga, Reinaldo Teixeira, pode ser vista como uma manobra que visa prejudicar o clube. 'Talvez as preocupações expostas pelo FC Porto no período eleitoral da Liga ajudem a entender esta tomada de posição', lê-se no comunicado. Esta situação agravou ainda mais os ânimos dentro do clube, que se vê em uma situação precária, onde será forçado a agir sob uma pressão intensa.
O impacto desta decisão e a falta de consideração por parte das entidades organizadoras não se limita apenas ao FC Porto, mas tem repercussões mais amplas para o futebol português como um todo. Ao agendar o jogo em um momento tão crítico, as instituições desportivas arriscam a credibilidade do seu funcionamento e a carreira de tantas equipas na principal liga do país.
Resistência do FC Porto
Em resposta a esta situação adversa, o FC Porto está decidido a manter a sua postura firme e a lutar contra o que considera serem abusos por parte da Liga. 'Depois de mais um triste episódio que envergonha o futebol português, aguardaremos pelos próximos artigos de opinião dos diretores executivos da Liga', enfatizaram, demonstrando que não se deixarão calar e que continuarão a lutar para mudar o estado do futebol em Portugal.
Neste contexto, a abordagem do FC Porto à situação revela a necessidade urgente de reformar a estrutura organizacional do futebol profissional em Portugal, para que episódios como este não se repitam. Para os jogadores e adeptos do FC Porto, a mensagem é clara: a luta pelo respeito e pela dignidade no desporto continua, não importa a adversidade que enfrentem.