José Mourinho revela filosofia de comunicação e liderança no futebol

  1. Mourinho ganhou 26 títulos
  2. FC Porto marcou início de nova filosofia
  3. Empatia é essencial na comunicação
  4. Marcou Chelsea, Inter, Roma e Fenerbahçe

José Mourinho, atualmente treinador do Fenerbahçe, concedeu uma entrevista exclusiva ao Canal 11 onde abordou em profundidade a sua filosofia sobre comunicação e liderança no futebol. Nesta conversa, Mourinho partilhou experiências valiosas da sua carreira, destacando especialmente a sua passagem pelo FC Porto como um ponto de viragem na sua abordagem aos jogadores e ao trabalho em equipa.

Com uma carreira repleta de êxitos, Mourinho revelou como a empatia e a flexibilidade se tornaram pilares fundamentais da sua liderança moderna, afastando-se de métodos autoritários e promovendo uma dinâmica mais humana e colaborativa dentro do balneário.

Comunicação e empatia com os jogadores

José Mourinho explicou a importância da empatia na comunicação com os jogadores, afirmando: “Comunica-se de outra forma. Mas é muito difícil haver sucesso sem empatia. Quando me chamam grande comunicador eu digo, 'ok obrigado, mas um grande comunicador não ganha títulos e eu ganhei 26'. Tento criar empatias internas. É inegociável um jogador ser mais importante que o grupo, já me aconteceu num clube e perdi. Hoje em dia tens de ser mais flexível.”

O treinador destacou também a sua evolução desde os tempos do FC Porto: “No FC Porto comecei a romper alguns dogmas. Rompi alguns dogmas na vida daquele grupo, que ajudam a criar uma empatia no grupo, onde no fundo o treinador não é um 'boss', mas tem mais responsabilidade que os outros. Não gosto de ter força porque sou o chefe e tenho tantos anos disto. Gosto de sentir a força conquistada de uma maneira natural. Gosto que os jogadores falem comigo do que tiverem necessidade de falar.”

Filosofia de jogo e relação com o grupo

Ao falar sobre a sua filosofia de jogo e relação com os jogadores, Mourinho foi perentório: “Nunca digo que a equipa jogou bem sem ganhar. É impossível ter um jogo perfeito sem nenhum erro. Por filosofia e identidade, jogar bem e perder, não. Podes é ganhar sem ter jogado bem.”

O treinador revelou também a sua frontalidade nas interações: “Já encontrei muitos jogadores do meu passado, com quem não tive a relação perfeita, e que gostam da frontalidade... Com quem eu choquei eram os melhores. Nunca fui aquele de ir esmagar o frágil, ou atacar o mexilhão. Quando ia forte ia lá em cima. E normalmente os de lá de cima, de um nível superior, não são só jogadores grandes, são homens grandes, com noção da realidade.”

Marcantes conquistas e clubes

Mourinho fez um balanço das suas passagens pelos clubes onde deixou uma marca profunda: “O meu FC Porto ficou. O Chelsea ficou na história da Premier. O Arsenal foi invencível numa época, nós em duas fomos mais que eles. Era uma equipa fantástica. Não ganhámos a Champions porque não havia tecnologia de linha de golo. O Inter ganhou tudo...”

Falando sobre a Roma e o Fenerbahçe, disse: “A Roma deu-me um prazer incrível... ganhar a Conference... É das coisas mais bonitas o trabalho na Roma, consegui unir o clube, os adeptos, sold out consecutivamente. O Fenerbahçe foi a descoberta de um mundo novo. Precisas de estar lá para perceber. Este ano vamos ver...”

Reflexões finais sobre liderança no futebol

Em síntese, a entrevista evidenciou uma perspectiva renovada de Mourinho sobre liderança, que privilegia a comunicação aberta, a empatia e o respeito pelo colectivo. Um método que se baseia em valores pessoais fortes e numa visão clara do papel do treinador dentro e fora do campo.

Esta visão moldou uma carreira vitoriosa e continua a inspirar não só jogadores, mas também profissionais e adeptos do futebol em todo o mundo, confirmando José Mourinho como uma das figuras mais influentes e respeitadas do futebol moderno.

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