Quando André Villas-Boas foi eleito presidente do FC Porto, em abril de 2024, encontrou o clube numa situação financeira alarmante. Nas suas próprias palavras, “a situação era, realmente, de limite. Se não tivéssemos sido eleitos, penso que o clube teria sido vendido a um fundo americano dentro de um ou dois anos, no máximo. Havia oito mil euros na conta à ordem.”
No entanto, pouco tempo depois, a direção liderada por AVB empreendeu uma série de movimentos financeiros e desportivos que transformaram radicalmente o panorama do clube. Como explicou o diretor financeiro, José Pereira da Costa: “Ao contrário do que a administração anterior referia, não bastava devolver o dinheiro, até porque esse dinheiro nunca entrou. Não era bem devolver o dinheiro e rescindir contrato, porque havia cláusulas de saída bastante onerosas para o clube e a negociação a que chegámos foi possível porque também encontrámos, da parte da Ithaka, bastante flexibilidade.”
“a possibilidade de entrarmos numa nova vida em termos de pressões de tesouraria, que são grandes”. ## Emissão de obrigações Villas-Boas também emitiu obrigações no valor de 115 milhões de euros, com 5,62% de taxa de juro e um pagamento a 25 anos, com o objetivo de
“refinanciar o passivo existente e a financiar a atividade global do FC Porto”. Como explicou o próprio presidente,
“esta é uma operação da qual nos orgulhamos muito, é um passo histórico para o FC Porto. Dará outra credibilidade junto a fornecedores, clubes e agentes, em relação aos quais o clube foi acumulando uma dívida substancial.”## Vendas e reforços Paralelamente, AVB levou a cabo uma
vassouradano plantel, vendendo jogadores-chave por mais de 150 milhões de euros, como Evanilson (37M€), Wenderson Galeno (50M€), Nico González (60M€) e David Carmo (11M€). Esta injeção de capital, aliada à renegociação da dívida, permitiu ao FC Porto investir perto de 50 milhões de euros em reforços, como Gabri Veiga, Borja Sainz, Dominik Prpic e Nehuén Pérez.
“Esta é uma operação da qual nos orgulhamos muito, é um passo histórico para o FC Porto. Dará outra credibilidade junto a fornecedores, clubes e agentes, em relação aos quais o clube foi acumulando uma dívida substancial”
, concluiu Villas-Boas, mostrando como, em menos de um ano, conseguiu reerguer o clube das cinzas.