Francesco Farioli foi oficialmente nomeado o novo treinador do FC Porto, sucedendo a Martín Anselmi, cuja saída se deveu a uma série de resultados insatisfatórios. O jovem técnico italiano, de apenas 36 anos, chega à Invicta com a missão de reerguer o clube no panorama do futebol português e europeu. Farioli assinou um contrato válido até 2027 e promete implementar uma nova filosofia de jogo, inspirada nas suas experiências anteriores em ligas como a turca, francesa e neerlandesa.
Natural de Barga, Itália, Farioli é reconhecido pela sua abordagem moderna ao futebol, que promove um estilo de jogo ofensivo e entusiástico. O novo treinador enfrentará desafios imediatos, como a construção de um plantel competitivo e a necessidade de conquistar o seu primeiro troféu. A pressão é elevada, uma vez que os adeptos do FC Porto esperam resultados imediatos após um período de estagnação, durante o qual os arquirrivais Sporting e Benfica conquistaram os títulos mais recentes.
Defesa e Reforços Necessários
A última época de Farioli no Ajax, onde perdeu a Liga neerlandesa apesar de ter uma vantagem de nove pontos, suscita algumas dúvidas entre os adeptos do Porto. Contudo, também traz esperança de que ele consiga inverter a actual tendência de resultados pouco satisfatórios. A primeira tarefa de Farioli será fortalecer a defesa, com a SAD já a colocar os olhos em Dominik Prpic, um jovem defesa-central do Hajduk Split, cuja transferência deverá rondar os sete milhões de euros. Este reforço visa substituir Iván Marcano, que, aos 38 anos, já não reúne as condições para ser titular no plantel.
Além de reforçar a defesa, o meio-campo do Porto também precisa de atenção especial. A saída de Fábio Vieira, que voltou ao Arsenal, deixou um vazio que Farioli espera colmatar com a contratação de Gabri Veiga. Em paralelo, o clube ainda procura mais um médio, tendo já apresentado uma proposta por Kenneth Taylor, jogador que destacou-se durante a temporada em que Farioli esteve no Ajax.
A Supervisão de André Villas-Boas
Farioli estará sob a supervisão atenta de André Villas-Boas, presidente do clube, que se encontra numa fase de críticas acentuadas acerca do seu projecto desportivo. Villas-Boas expressou a sua insatisfação com o terceiro lugar alcançado na última edição da I Liga e manifesta o seu compromisso em revitalizar a equipa e em transmitir a nova filosofia de Farioli. O novo treinador, por sua vez, terá de adaptar rapidamente a sua abordagem ao exigente ambiente do futebol português, onde as vitórias são a única moeda que verdadeiramente conta.
A saída de Andoni Zubizarreta do cargo de director desportivo nas próximas semanas poderá sinalizar uma reestruturação profunda na forma como o clube opera, sendo necessário dar resposta tanto aos desafios que surgem dentro de campo como fora dele. Assim, Farioli não apenas terá de lidar com as exigências de vencer, mas também com as mudanças que se apresentam na estrutura do clube.