Óscar García, o antigo treinador que lançou Gabri Veiga no Celta de Vigo com apenas 18 anos, expressou os seus elogios ao jovem médio recentemente transferido para o FC Porto. “Tem um perfil próprio, cada vez mais raro, e vejo-o a aproximar-se de um estilo de médio a fazer lembrar o Steven Gerrard, ex-capitão do Liverpool”, iniciou García em declarações ao jornal 'O Jogo'. Esta comparação com Gerrard, uma das lendas do futebol mundial, não é feita levianamente.

O treinador detalhou ainda que Veiga “aproxima-se muito de um box-to-box com grande controlo de bola e capaz de eliminar as linhas de pressão adversárias. Cria perigo na área. Vejo-o mais como finalizador – e foi algo que trabalhámos com ele no Celta, porque precisava de melhorar – de chegada à área, do que como criador de jogadas”. Este momento de destaque na carreira de Veiga é particularmente significativo quando se considera o seu percurso desde as categorias de base até à equipa principal.

O Inicio Promissor

Em 2020, quando chamou Gabri para o plantel principal do Celta, Óscar García recorda-se de como o jovem jogador se adaptou rapidamente às exigências do futebol profissional. “Chamámos o Gabri para ver se se adaptava ao ritmo dos profissionais. Aí, vimos que estava pronto e adaptou-se rápido, confirmando as qualidades que tínhamos detetado nas equipas jovens.” Este rendimento impressionante ao mais alto nível culminou na sua estreia aos 18 anos frente ao Valência, um momento que certamente moldou a sua carreira.

Embora tenha passado os últimos dois anos na Arábia Saudita, Óscar García mantém-se otimista quanto à capacidade física do jogador: “É verdade que esteve na Arábia Saudita dois anos e agora não sei como está nesse aspeto, mas, connosco, apresentou sempre um bom nível”. Esta afirmação sublinha a confiança que o antigo treinador tem na capacidade de Veiga de se adaptar a um ambiente competitivo exigente como o do FC Porto.

A Adaptação ao FC Porto

A adaptação ao plantel do FC Porto é uma nova aventura para Gabri Veiga, mas Óscar García não tem dúvidas de que ele vai encontrar o seu espaço: “Ambientando-se numa grande equipa como o FC Porto, tudo aparecerá naturalmente”. No entanto, ele não deixa de mencionar os desafios que o jovem enfrentará na seleção nacional, onde a concorrência é feroz: “Mas é preciso lembrar que para a posição dele na seleção principal há Pedri, Fabián Ruiz, Merino, Gavi e Fermín, entre outros”. O caminho para a seleção é sempre mais difícil, especialmente quando outros jogadores de classe mundial ocupam as mesmas posições.

García também relembrou um momento icónico da ascensão de Veiga, quando o colocou no onze titular frente ao Barcelona, uma situação repleta de pressão. “Não me esqueço do olhar de surpresa e das caras de espanto de todos os colegas quando anunciei que o Gabri estava no onze inicial para o Barcelona. Logo contra o Barça! E o rapaz estava calmo. Acabou por ser um dos melhores jogadores da primeira parte”, recordou, refletindo sobre a maturidade do jovem jogador. Este episódio não só destaca o talento de Veiga, mas também a sua capacidade de lidar com a pressão em momentos decisivos.

Expectativas para o Futuro

Com a comparação a Steven Gerrard a pairar sobre ele e um futuro promissor no FC Porto, o desfecho da carreira de Gabri Veiga será observado com grande expectativa. A capacidade de se destacar num clube de prestígio e a perspetiva de representar a seleção principal estão na agenda, e todos os olhos estarão voltados para o que este jovem talento poderá alcançar nos próximos anos.