O projeto da equipa B do FC Porto para a temporada 2024/25 esteve em risco de terminar na Liga 3, mas a permanência na II Liga foi assegurada na penúltima jornada, fruto de um esforço considerável da jovem equipa. Sob a orientação de João Brandão, a média de idades da formação baixou para apenas 21 anos, refletindo uma clara aposta no desenvolvimento dos jovens talentos do clube. Esta temporada foi desafiadora, mas recompensadora, pois a permanência foi conseguida quase no final, após uma campanha que visou sobretudo a formação dos jogadores.
Dentre os destaques, Tiago Andrade, um extremo de apenas 19 anos, foi um dos protagonistas, perdendo apenas dois jogos durante toda a época. Segundo os dados, 64% dos jogadores que participaram na equipa B foram formados no clube, uma percentagem significativamente superior em comparação a épocas anteriores. No entanto, não se pode ignorar a presença do veterano André Castro, que desempenhou um papel fundamental como referência para os mais jovens.
Destaques na Formação
É notável que, entre os dez jogadores com mais partidas, apenas três não foram formados nas escolas do FC Porto. Os escalões de formação têm visto um aumento notável de minutos jogados, com os sub-19 a acrescentarem 1488 minutos desde a temporada passada, totalizando agora 6932 minutos, enquanto os sub-20 passaram de 3075 para 6019 minutos acumulados. O crescimento de jovens como Gonçalo Ribeiro (1260 minutos) e João Teixeira (1144 minutos) é um sinal claro da confiança depositada pela gestão técnica na formação.
O FC Porto continua a desenvolver e a promover talentos da sua academia, destacando o compromisso do clube em investir na formação local. O desenvolvimento contínuo destes jogadores é crucial para o futuro da equipa, e a combinação de jovens promissores com veteranos experientes é uma estratégia que visa garantir o sucesso a longo prazo.
Investimento em Gabri Veiga
Paralelamente, o FC Porto está a trabalhar para garantir Gabri Veiga, um médio de 22 anos que se destacou no Celta e que atualmente joga no Al-Ahli. As expectativas são altas em torno do seu potencial encaixe na equipa, similar ao que aconteceu com Nico González, que se estabeleceu como um jogador-chave após a sua chegada. Veiga, que já conta com várias internacionalizações pelas seleções jovens de Espanha, é visto como uma promessa capaz de reforçar o meio-campo do FC Porto, especialmente à medida que a saída de Fábio Vieira se torna cada vez mais provável.
Ainda que a negociação para a sua contratação não esteja concluída, o investimento em Veiga é um reflexo da estratégia do clube de apostar em talento jovem; a procura de assegurar o jogador pode custar entre 16 a 17 milhões de euros, uma quantia significativa, mas que poderá ter grande retorno a longo prazo.
Futuro da Equipa B
Desta forma, o FC Porto parece determinado a combinar a experiência dos veteranos com a energia dos jovens, criando um ambiente que não só promove o desenvolvimento interno, mas também busca talento externo para fortalecer a equipa. Esta abordagem, seguida pela lógica imposta por Sérgio Conceição e agora continuada sob a direção de Vítor Bruno, está projetada para levar o clube a um novo patamar, ao mesmo tempo que se assegura um futuro brilhante para os jovens jogadores.
A continuidade do investimento na formação e a integração de novos talentos na equipa principal são passos fundamentais para a estrutura do FC Porto, que se mantém fiel à sua tradição de revelar e desenvolver grandes jogadores.