Durante a 11.ª sessão do julgamento da Operação Pretoriano, um repórter da CMTV relatou intimidações de Vítor Catão, um dos arguidos, no exterior do Estádio do Dragão. O operador de câmara descreveu uma situação tensa: ““Saí do carro, quando ouvi Vítor Catão a dirigir-se aos berros, a dizer para nós sairmos dali, que não estaríamos lá a fazer nada.””
Esta abordagem foi acompanhada de ameaças à integridade física, conforme um áudio que o jornalista possui.
Após o incidente, Catão assumiu a sua responsabilidade e, durante o processo judicial, pediu desculpa a todos os presentes no Tribunal, reconhecendo a gravidade das suas ações. A equipa do canal, mesmo após ter tentado retornar ao local, enfrentou novos momentos de agressividade quando foi abordada por três jovens
. O clima de intimidação não se restringiu à equipa da CMTV; dois associados do FC Porto relataram um ambiente de medo durante a Assembleia Geral (AG), mencionando até uma família que teria sido fisicamente agredida.
Acusações e Tensão no Futebol Português
Catão e Fernando Madureira, outro dos arguidos, são acusados de terem instigado ações de coação contra adeptos que não apoiavam o então presidente do clube. Os doze arguidos da Operação Pretoriano, que inclui 31 crimes, foram confrontados com um grande aparato policial numa primeira sessão que ocorreu em março, refletindo a seriedade das acusações. Entre os delitos estão coação, ameaça, e ofensa à integridade física, um sinal alarmante sobre as tensões que cercam o ambiente desportivo local.
Fernando Madureira, conhecido adepto dos Super Dragões, é o único que se encontra em prisão preventiva, enquanto os demais arguidos foram soltos em fases distinguidas. As revelações em tribunal, o pedido de desculpas de Catão e os relatos de agressões não podem ser ignorados, uma vez que sublinham um problema grave que prejudica a liberdade de informação e a segurança no desporto.