A tensão entre Francisco J. Marques e André Villas-Boas ganha novos contornos com as recentes declarações do ex-diretor de comunicação do FC Porto. Marques não poupou críticas em relação à decisão de Villas-Boas de incluir material da campanha presidencial no museu do clube. “Entoa o canto da sereia para transmitir a ideia de se preocupar muito com os sócios, mas na verdade comporta-se como se fosse o dono do clube. Colocar estas coisas no museu é ao melhor estilo da Coreia do Norte e causa uma enorme vergonha alheia”
, escreveu Marques nas redes sociais, revelando o seu descontentamento.
A crítica de Marques é direta e incisiva. Ele destaca que, “ainda é mais ridículo porque André Villas-Boas, como treinador, já faz parte do museu, mérito das suas conquistas, pelo que não é muito inteligente (para ser simpático) cometer este tipo de erros”
. Essa afirmação sublinha a inconsistência na decisão de Villas-Boas, que já possui um lugar garantido na história do clube devido aos títulos conquistados.
Críticas à Direcção do Clube
Marques não se limita a chamar a atenção para a decisão em si, mas também para o que considera ser um círculo de apoio que não está a agir da melhor forma. “Finalmente, mostra também como está mal acompanhado, porque não é difícil perceber que isto é tão palerma que alguém o devia chamar à razão”
, completou. As palavras de Marques refletem um descontentamento profundo com a nova direção do FC Porto, que, segundo ele, aparenta dar sinais preocupantes.
As declarações de Francisco J. Marques não só chamam a atenção para a polémica em torno do museu do FC Porto, mas também para as dinâmicas de poder dentro do clube. A forma como Villas-Boas tem conduzido a sua presidência está a gerar discussões e divisões, cujos desdobramentos poderão afetar a imagem do clube na comunidade desportiva em Portugal.