Em 1975, o FC Porto atravessava uma fase difícil quando Pinto da Costa chegou ao clube, ainda com Américo de Sá como presidente. Integrando-se no futebol profissional como chefe do departamento, a primeira decisão de Pinto da Costa foi contratar José Maria Pedroto como treinador, convencendo os sócios em Assembleia Geral a levantar a interdição do técnico.

Já em 1976, com a dupla Pedroto-Pinto da Costa, o FC Porto voltou a conquistar títulos, vencendo a Taça de Portugal após nove anos de jejum. Nessa época, Pinto da Costa fez a sua primeira contratação, o guarda-redes Joaquim Torres, proveniente do Vitória de Setúbal.

O início de uma era de sucesso

Nos anos seguintes, Pinto da Costa começou a revelar a sua capacidade de ironizar, como quando, em 1977, após a eliminação do Manchester United na Taça das Taças, afirmou que "talvez o Governo enviasse um telegrama de felicitações ao FC Porto". Apesar da vitória, o telegrama nunca chegou.

Em 1978, o FC Porto sagrou-se campeão nacional pela primeira vez em 19 anos, empatando com o Benfica na última jornada, mas vencendo por diferença de golos. Nessa época, Pinto da Costa deixou um estudo para a Direção analisar, elogiando o trabalho de Pedroto e depositando esperanças no futuro europeu do clube.

Momentos conturbados, mas uma marca indelével

Porém, em 1980, Pinto da Costa e Pedroto abandonaram o FC Porto, após a direção de Américo de Sá ter decidido suspender toda a equipa técnica. Nesse verão quente, três jogadores de peso saíram do clube: Oliveira, Gomes e Octávio. Pinto da Costa criticou a "falta de apoio do presidente Américo de Sá", afirmando que não iria continuar nos corpos diretivos, embora se mantivesse até ao final da época.

Apesar dos momentos conturbados, Pinto da Costa deixou uma marca indelével no FC Porto, liderando o clube na conquista de títulos e na sua afirmação no futebol português e europeu. A sua determinação, capacidade de liderança e visão estratégica foram fundamentais para o sucesso do clube nas décadas seguintes.