Após uma década à frente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, de 54 anos, foi eleito para suceder a Fernando Gomes na presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Proença derrotou Nuno Lobo, líder cessante da Associação de Futebol de Lisboa, nas eleições para os órgãos sociais da FPF.
De acordo com a advogada e árbitra do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), Sónia Carneiro, Proença será determinante para unir o futebol amador e profissional em Portugal. «Sendo tão determinado e organizado, acho que conseguirá ser um pouco o ministro do futebol e agregar todas aquelas entidades que estão à volta da FPF e que, muitas vezes, entravam em guerrilha», afirmou.
Um currículo de sucesso
Conhecedor do percurso de Proença, o ex-árbitro Duarte Gomes destacou o seu «caráter muito forte, ambicioso e organizado», que casa «muito bem» com o seu «sucesso na gestão de empresas, no trabalho realizado na LPFP e no que se propõe a fazer na FPF». «Tem um compromisso muito parecido ao do Cristiano Ronaldo em matéria de profissionalismo. O sucesso dá imenso trabalho e, no caso dele, aparece a vários níveis, pois trabalhou e trabalha muito», sublinhou.
Proença, que foi considerado o melhor árbitro do mundo em 2012, é reconhecido pela sua determinação, trabalho e seriedade. «Nada na vida dele é por acaso. As coisas são pensadas, estudadas e trabalhadas, daí o sucesso que tem tido», frisou Sónia Carneiro, que trabalha com o novo presidente da FPF desde 2015.
Transformação da LPFP
Durante a sua liderança na LPFP, Proença conseguiu transformar a liga num organismo lucrativo e com património, além de unir os clubes em torno de uma meta comum de melhoria do produto futebolístico. «Esta nova geração de dirigentes percebe que há 90 minutos que os separam em campo, mas tudo aquilo que envolve o futebol é para o interesse de todos. Julgo que não temos nenhum momento em que todos os clubes estivessem unidos à volta da Liga», afirmou Sónia Carneiro.
Percurso multifacetado
A transição de Proença da LPFP para a FPF segue o mesmo caminho percorrido por Fernando Gomes, que se lançou no desporto como basquetebolista do FC Porto e partilha com o novo presidente da FPF um percurso multifacetado, tendo sido também andebolista da formação de Benfica e Sporting.