O encontro entre o FC Porto e a Roma, da primeira mão dos oitavos de final da Liga Europa, ficou marcado pela atuação controversa do árbitro alemão Tobias Stieler, que segundo o especialista de arbitragem Duarte Gomes, adotou uma abordagem «disciplinarmente inconsistente».
Stieler, que já havia dirigido bons jogos no passado, optou por uma gestão muito rigorosa da partida, assinalando 24 faltas, que resultaram em 11 cartões amarelos e 1 vermelho por acumulação - algo pouco usual a este nível de competição.
Decisões questionáveis do árbitro
Logo aos 2 minutos, Stieler fez um lançamento de bola ao solo quando o guarda-redes do FC Porto, Diogo Costa, indicou que a bola de jogo estava defeituosa. O árbitro alemão esperou que o guarda-redes tocasse a bola para um colega fora da área antes de interromper o jogo, uma decisão desnecessária, ainda que o recomeço tenha sido feito corretamente.
Ao longo do encontro, Stieler mostrou-se atento a diversas situações de jogo, assinalando faltas e exibindo cartões amarelos de forma criteriosa. No entanto, Duarte Gomes considerou que alguns desses cartões pareceram «mais motivados pelo aparato do que pelo contacto em si», como foi o caso do cartão a Zeki Çelik por uma falta sobre Rodrigo Mora.
Falhas na leitura do jogo
Houve também alguns lances em que o árbitro alemão não conseguiu ter a melhor leitura, como no golo inaugural da Roma, aos 45+5 minutos, em que Baldanzi ganhou a posse de bola a Alan Varela sem cometer falta, na opinião do especialista. Já no segundo tempo, Otávio cometeu uma falta sobre Baldanzi que deveria ter sido punida com cartão amarelo, mas Stieler não a assinalou.
Apesar das críticas à atuação do árbitro, o jogo não ficou marcado pela falta de atitude de ambas as equipas, com o FC Porto a conseguir empatar a partida no Dragão, graças a um golo de Francisco Moura, deixando a eliminatória em aberto para a segunda mão.