As mudanças de treinadores têm sido comuns entre os principais clubes do futebol português. Benfica, Sporting (por duas vezes), Sporting de Braga e Vitória de Guimarães, este último por necessidade, fizeram alterações no comando técnico. Ou seja, quatro dos seis primeiros classificados da Primeira Liga sofreram mudanças, com apenas o FC Porto e o Santa Clara a manterem os seus treinadores.
Apesar disso, Vítor Pereira, treinador do FC Porto, não se livrou de contestação dos adeptos numa fase negativa dos dragões, período no qual a equipa perdeu três jogos (em Roma, na Luz e foi eliminada da Taça pelo Moreirense) e empatou um (ante o Anderlecht).
Confrontado com as mudanças nos rivais
Confrontado com as alterações nos comandos dos rivais diretos na luta pelo título e com o facto de Pinto da Costa ter resistido à tentação de o despedir, Vítor Pereira elogiou a estrutura do emblema portista. «Já disse uma vez, é melhor não falar muito alto para o presidente não ouvir, pode dar-lhe alguma ideia e está bem assim. Atenção, está bem assim desde que o FC Porto ganhe. Converso sobre muita coisa com o presidente, com o Jorge, com o Andoni, com o Henrique e com o Tiago Madureira. Converso sobre diversos temas, é gente com quem se pode e dá gosto conversar. Hoje em dia é uma raridade. Encontramos muita gente que fale, mas não serve. Queremos gente que possa transmitir opiniões até dissonantes, que criem impacto no que é dito, feito e como é operacionalizado, que decisões tomam seja em que âmbito for.»
Confiança do presidente
O facto de o FC Porto manter o treinador, na opinião de Vítor Pereira, «quer dizer que as pessoas acreditam no trabalho que está a ser feito». «O que dá a entender é que quem está de fora alicerça a sua opinião com base nos resultados e esse é o principal critério para aferir a competência de pessoa A ou B. Quem está por dentro percebe o que está a ser feito, de que forma está a ser construído, com que bases está a ser realizado. Se calhar isso reflete o sentimento de um presidente que não mudou de treinador e esperamos que não o faça por algum tempo», refletiu.