O Sport Lisboa e Benfica prepara-se para um momento crucial com as eleições de 25 de outubro de 2025, onde seis candidatos apresentam visões distintas para o futuro do clube. Cada candidato traz consigo propostas que não apenas refletem as suas filosofias pessoais, mas que também respondem aos desafios financeiros que o clube enfrenta.
A saúde financeira do Benfica é um tema central nas conversas pré-eleitorais. De acordo com o economista João Rodrigues dos Santos, “a solidez financeira atual do Sport Lisboa e Benfica fornece uma base de partida muito interessante, não dispensando, ainda assim, uma gestão prudente e estratégica dos riscos futuros.” Este alerta sublinha a necessidade urgente de atenção às finanças, num contexto onde o Benfica Clube reportou um resultado líquido positivo de 40,7 milhões de euros, apesar dos desafios contínuos.
Propostas de Rui Costa
Rui Costa, atual presidente e candidato à reeleição, defende a continuidade da estratégia vigente, postulando que “Só o Benfica Importa.” O seu objetivo é o aumento das receitas consolidadas para 500 milhões de euros, enfatizando a necessidade de sustentar a estrutura financeira e encontrar novas fontes de rendimentos.
O foco de Costa reside não apenas na continuidade, mas na implementação de ações que garantam a viabilidade económica do clube, promovendo, assim, o bem-estar a longo prazo dos seus adeptos e stakeholders.
Visões de João Noronha Lopes
João Noronha Lopes, pela lista “Benfica Acima de Tudo”, salienta a importância da profissionalização da estrutura, prometendo “auditorias interna e externa às contas” como forma de garantir a transparência e a confiança necessária junto dos sócios. A sua ambição é de alcançar 600 milhões de euros em receita, uma meta que mostra a expectativa de crescimento que também está presente nas outras propostas.
Noronha Lopes acredita que a transparência nas contas é fundamental para assegurar um futuro próspero e sustentável, reconhecendo a necessidade de uma gestão que envolva todos os níveis do clube.
Propostas de Cristóvão Carvalho e Luís Filipe Vieira
Cristóvão Carvalho, com a sua candidatura “Pelo Benfica”, visa “a redução da dívida para menos de 150 milhões de euros” e propõe a auditoria a todos os contratos relevantes. A sua abordagem destaca a necessidade de uma gestão criteriosa e transparente, o que se alinha com as preocupações gerais sobre a sustentabilidade financeira.
Por outro lado, Luís Filipe Vieira, que regressa ao cenário eleitoral, propõe um “modelo de negócio inovador” focado em aumentar as receitas comerciais e otimizar custos. No entanto, a sua falta de metas financeiras concretas gerou um debate considerável sobre a sua capacidade de implementar mudanças eficazes.
A visão de Martim Borges Coutinho Mayer e João Diogo Manteigas
Martim Borges Coutinho Mayer critica a gestão da SAD e sugere uma revisão profunda
das relações entre o Benfica e a SAD, priorizando a sustentabilidade a longo prazo. Esta proposta pode ecoar as preocupações de muitos sócios que desejam um clube que não apenas se foque em resultados imediatos, mas também na formação e na sustentabilidade.
Por fim, João Diogo Manteigas defende a “independência financeira”, priorizando o aumento das receitas próprias e reduzindo a dependência das vendas de jogadores. A sua visão aponta para um crescimento sustentável que poderia beneficiar a longo prazo, num mercado cada vez mais competitivo.
Em suma, com seis candidatos e abordagens distintas, as propostas para o futuro do Benfica refletem uma busca por um equilíbrio entre tradição e inovação. O próximo presidente terá a tarefa monumental de guiar o clube através de um panorama financeiro desafiador, onde a capacidade de executar visões ambiciosas determinará o sucesso a longo prazo. Portanto, independentemente do vencedor de sábado, o caminho para atingir os 500 milhões de euros de receita será, sem dúvida, o fio condutor do próximo mandato.