Sérgio Conceição completou 50 anos nesta segunda-feira, 22 de abril, marcando meio século de vida, grande parte dele ligado ao futebol e aos títulos conquistados. O treinador do FC Porto deixou a sua marca no clube azul e branco, onde chegou em 2017 com a frase célebre: «Não vim para aprender, vim para ensinar».
Desde então, Conceição conquistou 11 títulos pelos dragões, quebrando a hegemonia do Benfica e evitando que os rivais da Luz conseguissem o inédito pentacampeonato. Conhecido por ser um treinador perfeccionista, exigente e atento aos mínimos detalhes, Conceição levou o FC Porto a altos níveis de desempenho, com grandes resultados a nível nacional e europeu.
Exigência máxima e personalidade forte
Quem conhece Sérgio Conceição no terreno fala de um treinador que não dá descanso aos jogadores, levando-os aos limites das suas capacidades. «Essa exigência máxima que coloca sempre no que faz deu enormes resultados no FC Porto, com campeonatos, Taças, Supertaças e uma Taça da Liga, além de excelentes performances alcançadas no contexto europeu, superando mesmo colossos europeus na Champions», descreve o artigo.
De feitio difícil, como o próprio reconhece, Conceição tem uma personalidade muito vincada e forte, «capaz de mover montanhas na defesa dos interesses do coletivo». Essa imagem de «enorme irreverência, com a famosa azia e um mau perder» no banco do FC Porto nunca retirou as suas qualidades como grande treinador.
Legado impressionante no Dragão
Conceição deixou o Dragão com um «legado impressionante», tendo conquistado 11 títulos pelos azuis e brancos. Apesar de odiado no passado por benfiquistas, muitos até queriam que fosse ele o sucessor de Roger Schmidt no comando técnico das águias, «sinal de reconhecimento do trabalho desenvolvido no rival azul e branco».
Após a saída do FC Porto, Conceição tem-se mantido afastado dos holofotes, numa «fase de meditação sobre o futuro» e recusando convites para voltar ao futebol. Aguarda por um «projeto ambicioso, que se coadune com a sua visão de conquistador, um clube de Champions». Poderá mesmo fazer um «ano sabático para reflexão», com a sua equipa técnica montada e pronta para regressar «a sentir o cheio da relva e do balneário».
A família como refúgio
Apesar do seu amor pelo futebol, a família é o maior encanto de Sérgio Conceição. É na esposa Liliana e nos filhos Sérgio, Rodrigo, Moisés, Francisco e o pequeno José que o treinador «canaliza toda a sua energia e busca conforto quando as coisas não correm da melhor forma na sua vida profissional».
Uma coisa é certa: «a equipa que o escolher tem algo garantido. Competência, exigência e seguramente títulos à vista. Por muito que se ouse contestar algo do passado, estamos perante um dos melhores técnicos portugueses de sempre», conclui o artigo.