A Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do FC Porto fez, esta sexta-feira, a apresentação pública do relatório e contas referente à época 2023/24. Apesar de um prejuízo ligeiramente acima dos 21 milhões de euros, a nova administração liderada por André Villas-Boas vê este resultado como um «encerrar de ciclo», uma vez que o défice é, na sua quase totalidade, da responsabilidade da anterior gestão de Pinto da Costa.
A equipa do novo presidente do FC Porto, recorde-se, só tomou posse na administração da sociedade a 28 de maio último e, nestes poucos mais de cinco meses, já foram dados muitos passos seguros rumo à estabilidade financeira desejada.
Contenção de custos e aumento de receitas
O CFO, José Pedro Pereira da Costa, revelou que foi feita uma «contenção de custos, nomeadamente a nível de salários na equipa principal, funcionários e administração da SAD», com um impacto de 6 milhões de euros. Paralelamente, o trabalho desenvolvido ao nível das receitas comerciais também é louvável.
Segundo os dados transmitidos no Estádio do Dragão, os números relacionados com a bilhética dispararam, em alguns casos para registos recorde. É o caso do número de lugares anuais vendidos, que atingiu 27.622, o maior registo da história do recinto portista. Comparativamente, no ano passado, tinham sido vendidos 22.782 lugares anuais, um aumento de 21%. Essa subida teve repercussão direta na receita, que da época passada (4,6 milhões de euros) para a presente (6,1 milhões de euros) subiu num total de 1,5 milhões de euros, também um novo máximo.
Aumento do número de sócios
Paralelamente, embora a quotização seja referente às contas do clube e da SAD, também houve um aumento significativo no número de sócios, com um incremento de 12% face ao período homólogo: em 2023/24, ao fim do primeiro semestre, o FC Porto registava 125.739 associados e, agora, são 140.317. «André Villas-Boas prometeu, na campanha eleitoral, devolver o FC Porto aos sócios e eles estão a corresponder ao nível da responsabilidade que lhes foi colocada pelo atual presidente», pode ler-se.
Receitas da bilhética e patrocínios
Outro dado relevante é a subida de 68%, em relação ao período homólogo, da receita com a bilhética jogo-a-jogo. Neste primeiro trimestre de 2024/25, o FC Porto já encaixou, desta forma, 3,4 milhões de euros, face aos 2 milhões de euros da época passada. Recorde-se que os adeptos têm comparecido em massa no Dragão, tendo-se registado casa cheia em seis dos sete jogos já disputados no palco portista e nenhum deles foi um clássico.
No que toca a parcerias contratadas de corporate hospitality e sponsorização, esse registo uma subida de 6%, dos 15,2 milhões de euros em 2023/24 para 16,1 milhões na presente época. Esta disparada é relacionada com o término das permutas de camarotes e business seat, que passaram todos a ser comercializados.