Acusações de Pinto da Costa
A relação entre Jorge Nuno Pinto da Costa, ex-presidente do FC Porto, e Sérgio Conceição, atual treinador da equipa, atravessa um momento delicado. No seu livro 'Azul até ao fim', que será apresentado no próximo domingo, Pinto da Costa aponta o dedo a Conceição, acusando-o de ter exercido "pressão" para a concretização das aquisições de Shoya Nakajima e Zé Luís, provenientes do Al-Duhail e Spartak Moscovo, respetivamente. Segundo o antigo dirigente, estas contratações foram "ruinosas" para o clube.
«Ficámos, a dois dias do prazo dado pela UEFA, num dilema. Ou vendíamos o passe dum jogador ou não íamos às competições europeias. Esta segunda solução, para mim, era inaceitável. Já tinha avisado os meus colegas que, se tal acontecesse, me demitiria», escreveu Pinto da Costa no livro. «Expliquei-lhes que não havia outra solução, pois essas dívidas eram fundamentalmente por dois atos de gestão ruinosos», acrescentou.
Foco de Conceição nos adeptos
Estas declarações não caíram nada bem junto de Sérgio Conceição, que apesar das limitações financeiras impostas ao clube, não esquece que, ao longo de sete anos, o FC Porto 'valeu' quase 350 milhões de euros em receitas provenientes da UEFA, e mais de 530 milhões de euros em vendas de jogadores.
Apesar deste mal-estar, não se espera que Conceição venha a abordar o tema publicamente nos próximos tempos. No entanto, na segunda-feira, o treinador recordou o "aniversário do Mestre", José Maria Pedroto, sublinhando que «No FC Porto, os adeptos são soberanos».