Reina uma sensação de oportunidade no plantel do FC Porto. À entrada para o oitavo jogo da época, esta noite (20h30), frente ao Gil Vicente, Sérgio Conceição já utilizou 26 jogadores, sinal de confiança do treinador nas opções que tem ao dispor. De tal forma, que, olhando para a constituição do plantel dos azuis e brancos, apenas três 'efetivos' do elenco principal ainda não somaram minutos: os guarda-redes Cláudio Ramos e Samuel Portugal, alternativas a Diogo Costa, e o avançado brasileiro Gabriel Veron, que recupera de uma lesão muscular sofrida na pré-época e, nesta fase de transição, até tem trabalhado com a equipa B. Em suma, nas sete épocas com Conceição ao leme dos dragões, só em 2020/21 tinham sido lançadas mais peças em campo em igual número. Na altura, foram 27.
Na última terça-feira, no triunfo (1-3) sobre o Shakhtar, os reforços Jorge Sánchez e Francisco Conceição fizeram crescer a lista. O lateral mexicano e o extremo português foram, respetivamente, os 25.º e 26.º jogadores a serem utilizados em 2023/24, sendo que, do lote, 21 já atuaram mais de 100 minutos. Um número dilatado, que encontra explicação em mais do que um motivo. Além da tal confiança do técnico, os castigos e as lesões foram variáveis a ter em conta, nas quais também reside parte do motivo para o facto de Sérgio ainda não ter repetido a equipa titular em desafios consecutivos. Ainda este sábado, por exemplo, terá de voltar a mexer, fruto da lesão sofrida por Zaidu em Hamburgo.
Voltando a 2020/21, convém referir que se tratou de uma época de 'metamorfose' a vários níveis. Além de ter sido iniciada sob as restrições decorrentes da pandemia de covid-19, foi também a temporada de introdução das cinco substituições. A juntar a isto, o FC Porto tinha acabado de perder figuras importantes, como Alex Telles e Danilo Pereira, o que obrigou Sérgio Conceição a experimentar diferentes abordagens. Um pouco à semelhança do que aconteceu nas últimas semanas, fruto da saída de Otávio e utilização de dois sistemas táticos. A partir daqui, nomes como Bernardo Folha, que tem jogado nos bês, ou um dos guardiões suplentes aguardam por uma chance para fazer subir de tom a 'democracia' no plantel.