Os adeptos «regulares» de futebol em Portugal têm uma relação complicada com a Seleção Nacional. Salvo em momentos especiais, como o Euro 2004 ou o Euro 2016, a equipa das quinas é frequentemente vista como um «saco de pancada» para os torcedores de clubes.
Ao intervalo do jogo entre Portugal e Polónia, na última sexta-feira, a tendência parecia manter-se. Os adeptos da Seleção, em minoria entre os seguidores habituais do futebol português, estavam preocupados com a exibição da equipa e as escolhas do selecionador Roberto Martínez. Enquanto isso, os adeptos de clubes «esfregavam as mãos por debaixo da mesa», indignados com a presença de Cristiano Ronaldo no onze inicial.
A reviravolta na segunda parte
No entanto, tudo mudou na segunda parte. Portugal fez duas substituições e, com caras novas na equipa, goleou a Polónia por 4-0, garantindo o apuramento para os quartos de final da Liga das Nações e a liderança do grupo. Subitamente, o «saco de pancada» tinha respondido aos seus críticos, deixando-os com «caras novas».
«Portugal marca presença consecutiva em fases finais desde o ano 2000. Apura-se sempre (verdade que a cada apuramento as coisas se tornam menos difíceis, por força do aumento de equipas nas fases finais) e ganha bastante mais do que empata ou perde», refere o texto de opinião. No entanto, a Seleção raramente consegue agradar à maioria dos adeptos do futebol português, que tendem a apoiar mais os seus clubes do que a equipa nacional.
O «saco de pancada» responde
Após a vitória sobre a Polónia, o «saco de pancada» parece ter-se finalmente «mexido» e «batido com algum estrondo na cara de quem o soca». A Seleção Nacional, com Ronaldo a manter-se na equipa, conseguiu uma exibição convincente e cumpriu os seus objetivos, deixando os seus críticos com «caras novas».