O ambiente de contestação aos resultados e ao trabalho da equipa técnica liderada por André Villas-Boas tem-se feito sentir nos jogos do FC Porto, tanto nas bancadas do Estádio do Dragão como nas imediações do recinto, onde têm surgido pichagens e faixas com críticas.
Apesar da pressão, tanto o treinador como o seu adjunto Vítor Bruno têm defendido a sua visão e o trabalho que estão a desenvolver, numa altura em que o presidente Pinto da Costa também saiu em sua defesa.
Nuno Encarnação defende a gestão atual
Nuno Encarnação, associado e conhecido adepto portista, considerou que a contestação atual «não é nada de novo» no clube. «Mais de 80 por cento dos sócios assobiaram nas urnas a gestão anterior de Pinto da Costa e 'sus muchachos'», lembrou, frisando que «a memória é curta e o assobio é muito».
O adepto portista defendeu a atual gestão, argumentando que «os que resolveram assobiar este plantel apostavam já uns meses atrás que o FC Porto deste ano jamais lutaria pelo campeonato, conquistava uma Supertaça Cândido de Oliveira e uma Taça de Portugal». Encarnação pediu «foco ao plantel e à gestão de André Villas-Boas».
Vítor Bruno apela a «andar para a frente»
Vítor Bruno, treinador-adjunto do FC Porto, também reagiu à contestação dos adeptos. «É andar para frente. Isto é para quem tem andamento. Só conheço uma pessoa que foi amplamente reconhecida e elogiada por dar passos atrás, que foi o Michael Jackson», disse, numa alusão ao cantor internacional.
O técnico preferiu ainda afirmar que «não sou cantor, tenho muito pouco jeito para dançar. Posso não ser grande treinador, mas sou sempre melhor do que é um cantor ou dançarino», referindo que prefere «olhar em frente e fazer o FC Porto ganhar».
Villas-Boas considera pichagens uma «patetice»
Por sua vez, André Villas-Boas, treinador do FC Porto, considerou que as pichagens nas imediações do Estádio do Dragão são «uma encomenda infantil, uma tentativa de desestabilização do FC Porto», contrastando com os assobios no Dragão, que descreveu como «um movimento orgânico soberano».
Após as declarações do presidente dos azuis e brancos, surgiram novas pichagens com críticas nas imediações do recinto portista, na cidade do Porto.
