André Villas-Boas, presidente do FC Porto, esteve presente na recente reunião da Associação de Clubes Europeus (ECA), realizada em Atenas. No encontro, participaram outras altas figuras do futebol europeu, como Aleksander Ceferin, presidente da UEFA, e Nasser Al-Khelaifi, presidente da ECA e do PSG.
À margem do evento, Villas-Boas concedeu uma entrevista a um jornal dinamarquês, o Tipsbladet, onde abordou a iniciativa do Portal da Transparência do clube, que revela os valores gastos em transferências, comissões e salários.
Reputação e reconhecimento
«Fortalecemos a nossa reputação entre todos os intervenientes que se interessam pelo clube. A nossa filosofia de gestão, juntamente com os resultados e títulos das nossas equipas, dar-nos-á uma marca forte e uma posição entre os clubes de elite a nível global», começou por afirmar Villas-Boas.
O líder dos dragões destacou que o clube tem recebido «muito apoio das instituições do futebol e das autoridades competentes» pelos passos que tomaram, salientando que o «apoio público que recebemos da UEFA é crucial».
Liderança na transparência
«Somos pioneiros, porque somos um clube grande e importante, mas de um país periférico, que tomou a liderança de uma forma muito concreta e sem hesitações. Estamos na linha da frente da mudança e queremos estar no centro de uma discussão crítica e positiva sobre o futuro da nossa indústria. A imprensa também reconheceu a nossa ousadia e mostram o nosso exemplo ao mundo, como estão a fazer agora», finalizou Villas-Boas.
O presidente do FC Porto também abordou a transferência inesperada de Samu Aghehowa, nos últimos momentos do mercado de transferências, afirmando que «ser discreto enquanto se fazem negócios não impede a transparência».
Villas-Boas lembrou ainda que a transparência é fundamental para a credibilidade do futebol, alertando que «ver o futebol ligado ao branqueamento de capitais e tráfico de pessoas é grave». «Desde o primeiro dia que assumimos que iríamos agir de forma transparente», concluiu o líder dos dragões.