Inicio desapontante na Liga Europa
O FC Porto começou mal a sua campanha na Liga Europa, sofrendo uma derrota surpreendente por 3-2 na visita ao Bodo/Glimt, da Noruega. O técnico interino Vítor Bruno e o defesa Nehuen Pérez lamentaram a falta de controlo e de intensidade da equipa portista ao longo do jogo.
Análise de Vítor Bruno
Começámos bem, a chegar com relativa facilidade à área. Sentimos que era uma debilidade as saídas por fora deles, mas nunca tivemos jogo controlado perante adversário com jogo muito direto e muito físico. Tivemos dificuldades a travar movimentos de transição e duelos, começou por analisar Vítor Bruno, à SportTV.
O técnico portista considerou que o indicador das faltas cometidas ao intervalo, com 10 para o Bodo/Glimt e apenas uma para o FC Porto, era esclarecedor sobre as dificuldades sentidas pela sua equipa em controlar o jogo. Procurámos corrigir ao intervalo, mas mesmo com 10 eles conseguiram ampliar. Depois foi tentar. Muito com o coração, com muito jogo aberto a obrigar a largura, mas eles fecharam-se bem e agarraram-se ao que tinham no bolso. Perdemos, este está fechado e não adianta pensar mais nele. Preparar o próximo com outra mentalidade, acrescentou.
Nehuen Pérez reconhece a má exibição
Também Nehuen Pérez, defesa argentino do FC Porto, reconheceu que a equipa ficou aquém das expectativas. Esperávamos muito mais. Vínhamos com o objetivo de começar bem e a ganhar. Arrancámos muito bem o jogo, mas eles encontraram-se após um golo em contra-ataque e aí começámos a entrar no jogo deles. Eles sentiram-se mais cómodos e faltou-nos mais intensidade no primeiro tempo. No segundo tempo, mesmo com a expulsão, sofremos o 3º golo e aí tornou-se tudo mais difícil, lamentou.
O jogador argentino considerou que não fizemos um bom jogo, faltou-nos muita intensidade e temos de continuar a melhorar. Ainda assim, Pérez garante que a confiança da equipa não ficou abalada: Obviamente que queríamos começar com uma vitória. Este clube pede-te isso, para ganhar todos os jogos. Há que levantar a cabeça e trabalhar mais forte que antes.
Diogo Costa aponta falta de agressividade
Também o guarda-redes Diogo Costa admitiu que faltou agressividade à equipa portista para travar as transições rápidas do adversário. Na 1.ª parte só fizemos uma falta e tínhamos que fazer mais. Normalmente, faltou a agressividade porque não soubemos parar. A falta de agressividade hoje em dia é muito mau, temos de saber parar esses ataques, lamentou.
Apesar da derrota, Diogo Costa acredita que não está nada perdido, faltam sete jogos, é aprender com estes erros e continuar a trabalhar. O guarda-redes reconheceu ainda que o FC Porto arriscou um pouco no nosso jogo, mais uma vez não soubemos parar transições, mas garantiu que não é um trabalho difícil de fazer, sabemos bem o que faltou. Temos que saber o que faltou e trabalhar sobre isso.